Sinais do amor [ EM PAUSA ]

CAPÍTULO 29

Eu estava aliviado com o fim da luta, mas não posso negar que estar no ringue era liberador, lá esqueci que o objetivo era só ganhar, eu estava me divertindo.

Nenhum golpe que me atingiu me tirou dessa sensação, me surpreendi que minha primeira luta fosse com o Jansen e de alguma forma me sinto aliviado pelas minhas próximas não ser com ele.

Realmente foi uma luta difícil.

O suficiente para deixar Jeff preocupado com minhas costelas, minha pele começava a ficar num tom roxo escuro agora.

— Então? - Jeff perguntava pela milésima vez a enfermeira que tentava tocar na minha costela com cuidado, nem o pano que ela me deu para morder estava servido pra lidar com a dor.

Apertei os olhos com forças quando ela avisou que ia por mais pressão no toque, o alívio foi instantâneo quando as mãos dela se afastaram.

— Não estão quebradas, mas aconselho um raio...

Eu a ignorei totalmente ao notar Crystal parada perto da porta, eu a vi quando subi no ringue, ela estava abraçada com o Eli, depois daquilo era uma obrigação vencer.

Sorri ao vê-la, estava linda demais com os cabelos soltos, mesmo com um semblante preocupado.

" Estou bem o suficiente para o baile, meu anjo?"

Tendo a acalmar de alguma forma, não sei bem se funcionou, mas ela sorriu como resposta.

" Muito mais do que eu esperava"  Crystal respondeu, suavizando a preocupação no rosto.

" Isso porque você não viu as marcas que vão aparecer daqui algumas horas"

" Eu deveria ficar aliviada?"

Perguntou com as sombrancelhas erguidas, com bom humor.

Notei que agora a enfermeira falava exclusivamente com jeff e Eliot se aproxima, me analisando dos pés a cabeça.

— Pensei que você ia perder quando caiu no chão, aquele filho de uma...-ele é interrompido pelo jeff, que o repreende. — Mas ele deu um chute desnecessário.

O garoto se defende, buscando Crystal pelo quarto.

— Não é?

Ela concordou de maneira exagerada, a dor ficou em segundo lugar no momento em quesito sentimentos.

— Mas ai você acabou com ele, eu falei que você ia ganhar de lavada, era óbvio. - se gabou como era de costume.

Eu queria ter toda essa confiança que Eliot tinha em mim.

— De lavada não foi, mas foi um quase. - comentei, tentando me inclinar para sentar, mas a dor era quase insuportável.

Quando eu ia desistir, senti um toque leve nos meus braços, me ajudando, não precisei nem ver para saber que era Crystal. Ela franziu o nariz olhando para meu corte na testa, que agora estava com um curativo que Jeff tinha colocado na pausa da luta.