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Amor, anjos como você não podem voar para o inferno comigo

Eu sento no meu sofá com um maldito sorrisinho no rosto, como uma adolescente apaixonada

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Eu sento no meu sofá com um maldito sorrisinho no rosto, como uma adolescente apaixonada.

Por que com ele é tudo diferente?

As conversas são diferentes, o meu corpo reage diferente, como se o conhecesse a anos e como se tivéssemos construído uma sintonia singular.

O maldito levantamento que todos sempre trazem é "os opostos se atraem", mas será que somos tão opostos um do outro?

Meu telefone toca na bolsa e eu me esgueiro para conseguir pegá-lo, franzindo o cenho quando vejo quem é e respirando fundo antes de atender.

— Boa noite, Wall — murmuro.

— Está cansada? Estava pensando em passar aí — alarmes soam em minha cabeça imediatamente.

— Wall... Acho que está na hora de colocarmos um ponto final nisso.

— Que isso, Jasmine? — ouço sua risada debochada do outro lado e meu estômago se revira.

Preciso do meu irmão.

— Aquele dia eu precisei de você. Eu realmente precisei de você... Eu precisei de você em muitas outras vezes, Wall... Você nunca esteve aqui por mim... — começo, mas a gargalhada dele me cala.

Ele sempre anula os meus sentimentos.

Como a minha mãe.

— Qual é, princesinha Rivera — eu me levanto no mesmo instante. — Eu estava ocupado.

— Isso foi dias atrás. Você está se dando o trabalho agora de aparecer. Isso nunca foi um relacionamento, Wall. Nunca será.

— Por que nós não nos encontramos? — as lembranças de como tudo aconteceu da última vez que eu tentei terminar me invade e sinto meu corpo tremer por inteiro. — Não vai acontecer novamente, Jasmine. Já me desculpei, não foi? Comprei todas as tapeçarias que quebrei também. Não precisa desconfiar, eu...

— Eu não quero te ver. Está tudo acabado entre nós, Wall. Você sentenciou isso.

— Quem é o sujeito que está colocando minhocas em sua cabeça? Porque eu sei que não tem amigas que suportariam a vida regrada que você leva... Qual o nome dele, Jasmine? Eu vou... — Wall perde completamente a paciência.

É assim.

Sempre foi assim desde que nós nos conhecemos.

Há dez malditos anos atrás, quando ainda éramos adolescentes.

Wall é filho de uma família que é muito próxima dos meus pais, mesmo agora eles estando separados. Sempre tentaram nos juntar em um relacionamento e eu vesti tanto essa camisa que o aturei por todo esse tempo, mesmo Anthony prometendo que aguentaria as consequências por mim caso eu me sentisse à vontade para terminar.

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