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Cada passo que estou dando

Cada movimento que eu faço

Parece perdido sem nenhuma direção

Minha fé está abalada

Mas eu, eu tenho que continuar tentando

Tenho que manter minha cabeça erguida

Sequer toquei em Jasmine com outras intenções na banheira

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Sequer toquei em Jasmine com outras intenções na banheira.

Ela chorou.

Chorou como o maldito inferno e eu só enxuguei suas lágrimas enquanto a abraçava fortemente.

Irei destruir quem partiu o coração da minha garota.

Se for aquele Wall... Por Deus, eu vou esfolá-lo... Não, melhor, eu lhe darei uma boa surra e — então — lhe entregarei para Anthony.

Aí sim... Ele estará fodido.

Nós nos deitamos e Jasmine segue chorando até cair no sono, momento que eu aproveito pra me levantar, pegar meu notebook e continuar as investigações.

Já solicitei as câmeras de videomonitoramento da rua, inclusive das esquinas próximas, o laudo do corpo de bombeiros ficará pronto em vinte e quatro horas, o da perícia demorará um pouco mais e isso já esquenta minha cabeça.

Não quero esperar nem mais um maldito dia.

Espero, do fundo da minha alma, que não tenha sido o próprio pai de Jasmine quem atentou contra ela.

Ainda há isso.

Como eu me envolvi com Jasmine sem sequer saber seu último sobrenome? Foquei tanto no "Rivera" que esqueci da possibilidade de ter um... Porém... Os relatos da agressividade do pai com a família começam a girar na minha cabeça.

E, se, esse cara não estiver sendo investigado apenas por usar seu cargo impropriamente? E... Se... Tiver mais algumas coisas?

Me perco em pensamentos.

Me perco no trabalho, fazendo anotações e mais anotações, planejando como organizarei meu quadro em casa e já ansioso por isso.

Preciso, preciso, saber se o desembargador tem relação com o incêndio no prédio da psiquiatra.

— Jensen? — quase pulo de susto. — Não dormiu?

— Meu doce, me perdoe — fecho o notebook, colocando-o de lado, e esfrego o rosto com as mãos. — Não vou conseguir sossegar enquanto eu não resolver isso tudo.

Ela respira fundo ao se aproximar, sentando-se ao meu lado e colocando os cabelos louros atrás da orelha.

— Pode ser que nem tenha sido criminoso, Jensen... Isso... Sabe? Do consultório... Pode ser que tenha sido algum deslize meu ou da secretária, ou até mesmo da fiscalização... Não tem como saber, não precisa ficar tão sedento para resolver isso — seus olhos se movem até os meus no instante seguinte.

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