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Oh irmão, vamos mais fundo do que a tinta

sob a pele de nossas tatuagens

Não, nós não compartilhamos o mesmo sangue

Você é meu irmão e eu te amo,

essa é a verdade

essa é a verdade

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UM MÊS DEPOIS

— Acha que consigo pegar Lourenço hoje? — pergunto assim que Tê atende o telefone.

— Sim! Que luta que foi, mas consegui convencer Diana a deixar Lolo comigo.

Lolo é um pouco açucarado, não chame meu afilhado assim.

— Açucarado é o meu pau! — Donatella grita do outro lado.

— Sua mãe está sabendo? — sinto uma taquicardia de repente.

— Ela quem me ajudou, pode ficar tranquilo. Sei como está com saudades do Lourenço e... O garoto também está com saudades de você e nós precisávamos fazer isso.

— Eu vou apertá-lo tanto, Maitê.

— Não esmague o menino — ela ri do outro lado e em seguida nós programamos como vamos fazer para ela me entregar.

Então, eu aviso Jasmine que nossos planos deram certo e ela finalmente conhecerá Lourenço.

A psiquiatra está tão, tão, mas tão ansiosa, que é capaz dela desmaiar de euforia. Nunca pensei que ficaria dessa forma para conhecer Lourenço, ela inclusive comprou alguns brinquedos, algumas guloseimas e fez planos e mais planos para curtir meu afilhado.

— Ótimo! Estou organizando tudo para receber ele! Me avise quando chegarem ao apartamento! — ela exclama em euforia e desliga. Eu sequer consigo dizer que ainda vai demorar um pouco.

Céus, como eu sou louco por ela.

[...]

Estou encostado no carro, no estacionamento do prédio onde ficam os escritórios de advocacia que conheço muito bem esperando por Lourenço. Quero que ele conheça Jasmine, quero que uma parte importante de mim conheça outra parte de mim. Minhas duas metades, as duas pessoas donas do meu coração.

Encaro meu telefone pela... O que? Quinquagésima vez esperando pela ligação de Maitê me avisando que está chegando. Apesar das minhas divergências, aqui é o lugar mais seguro pra ela. Mesmo que ela esteja de conluio com Íris, e essa seja agressiva por natureza... E, bem, com Donna... Que é louca.

Escuto o apito do elevador se abrindo, entretanto ignoro completamente com os olhos fixos no meu Soduko.

Até que meu telefone voa da minha mão.

— O que diabos...  — Levanto os olhos para encontrar um ruivo bufando. — Que porra... Jogou meu telefone no chão, Nicolas?

— E vou jogar você também — eu não tenho nem tempo de pensar em algo, ou alguma resposta, porque Nicolas me pega pelo colarinho da jaqueta e joga meu corpo no chão com força.

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