SPIN OFF DE "VÍTIMA DO ERRO"
(Ordem dos livros na bio)
Jensen é um sujeito de sobrenome, origem e pensamentos incertos, ele sabe disso melhor do que aqueles que lhe julgam. No entanto, agora, com a responsabilidade de um afilhado gritando sempre...
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Encaro todas as flores em meu consultório, sentindo um suor descendo pela testa somente em ter o pensamento de como irei retirá-las daqui... Mas, então, um sorriso inesperado brota em meus lábios.
Eu só o vi duas vezes e, confesso, seu perfil me assustou por completo. Não que eu seja preconceituosa, mas a quantidade de tatuagens, o linguajar sem freio e o seu corpo solto demais me fez recuar. Não estou acostumada com pessoas que invadem meu espaço dessa maneira.
No entanto, a forma como o policial galanteador o fez, me divertiu.
Ele é engraçado, porque é espontâneo.
A maioria das pessoas com quem eu lido não são espontâneas, elas se escondem atrás de uma máscara e eu tenho que sempre pisar em ovos para não cair em uma armadilha.
Sempre sozinha nessa caminhada, com medo de tudo e todos, sem saber o que esperar de qualquer um que se aproxime de mim.
Querem dinheiro? Querem fama? Querem um relacionamento com os meus pais? Querem... Céus, a única pessoa que eu posso confiar é o meu irmão.
A única.
E, mesmo assim, ele se livrou dessas amarras muito cedo, coisa que eu deveria ter feito há muito tempo.
Pego uma flor, somente. A que mais me chamou a atenção.
Ela é como o investigador Jensen: estrondosa, chamativa e brilhante.
Ele tem essa imagem ruim por causa das tatuagens, mas isso é um estigma da sociedade, um pré-conceito que impuseram sobre nossas mentes em relação a algumas imagens. Tudo que é diferente se torna desagradável, mas, nesse caso, o diferente acaba de me cativar.
Levo a flor até meus lábios. Não sei qual a espécie dela, não sei qual o tipo e muito menos como descrever suas cores. No entanto, ela é linda, e eu pretendo mantê-la comigo.
Como um amuleto da sorte.
Um amuleto que me lembra o dia que dei as risadas mais sinceras de um ano inteiro.
Procuro algum recipiente para encher de água e coloca-la dentro, pretendendo leva-la para o meu apartamento assim que eu encontrar um jeito pra essas outras flores.
Investigador Jensen terá que se contentar com isso, não consigo levar todas para o meu apartamento.
Após alguns minutos entrando em contato com clínicas psiquiatras, consigo que um asilo para idosos ganhe interesse pelas flores, ainda mais quando lhes digo que é gratuito. Para ajuda-los. Eu entendo o interesse, plantas são curativos mentais para doentes e idosos. Quanto mais flores lindas e cheirosas, de todos os tipos.
