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Doçura

Quero sim, por favor

Não quer vir colocar um pouco na minha vida?

Bem aqui, pois eu preciso

De um pouco de amor e compreensão

Você me mostrou um amor gostoso

Fez tudo ficar bem

Um pouco de doçura na vida faz bem

Apesar do Jensen estar sendo o Jensen, há algo o incomodando

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Apesar do Jensen estar sendo o Jensen, há algo o incomodando. Desde sua seriedade em alguns momentos ao olhos perdidos, fixos em qualquer ponto que não seja eu.

Nós tomamos café, tiramos a mesa e eu tomo um banho rapidamente para decidirmos o que vamos fazer nesse domingo.

Quando eu ligo o secador, Jensen encosta na porta do banheiro da minha suíte com os braços cruzados.

— Oi? — arqueio as sobrancelhas fazendo os movimentos para secar os fios louros.

— Nada — ele balança a cabeça em negativa e eu arqueio mais ainda minhas sobrancelhas, me questionando o que diabos ele está pensando. — Não tente me ler.

— É inevitável — abro um sorriso involuntário. — Você está bem?

— Estou.

— Mentiroso — solto e é a vez dele de arquear as sobrancelhas. — Você é inexpressivo, Jensen. Seu rosto. É inexpressivo em comparação ao de muitas outras pessoas, porém você tem um padrão de comportamento.

— Estou ansioso para saber qual meu padrão de comportamento pela doutora Rivera — eu desligo o secador e o encaro ao colocar o objeto na pia.

— Quando está relaxado, é o momento que mais se mantém inexpressivo. Seus ombros ficam relaxados, seus pés separados e os joelhos retos. Quando está aborrecido, tende a manter suas mãos nos bolsos das calças ou, como agora, com os braços cruzados. É sua forma de não ficar batendo os dedos em qualquer superfície que encontra, porque você finge que não está incomodado com nada — ele continua me encarando. — E há essa sua cara de paisagem quando está impressionado.

— Quem disse que eu estou impressionado?

— Eu estou dizendo. Você está — aponto um dedo em sua direção que o faz rir. — O que está acontecendo? Eu deixei você entrar em meu apartamento e, tenho que te dizer, somente quatro pessoas até hoje fizeram isso em cinco anos que moro aqui.

— Wall é um deles? — eu solto uma gargalhada involuntária.

— Você também muda de assunto quando os seus sentimentos estão na conversa — agora sim, sua expressão é de pura surpresa. — Já é o que... A segunda vez somente hoje que faz isso. São padrões. Todos têm. Basta que fiquemos perto o suficiente para que eu descubra.

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