SPIN OFF DE "VÍTIMA DO ERRO"
(Ordem dos livros na bio)
Jensen é um sujeito de sobrenome, origem e pensamentos incertos, ele sabe disso melhor do que aqueles que lhe julgam. No entanto, agora, com a responsabilidade de um afilhado gritando sempre...
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O distintivo está pesado em meu peito. É isso que Lucca, Ethan ou qualquer um dos outros sentem quando se trata de quem amam? Esse peso no coração por não conseguir impedir uma tragédia, essa raiva por não saber o culpado e essa compaixão em saber que tudo que eu fizer não vai aplacar a dor que ela vai sentir.
Os bombeiros já contiveram o fogo, agora, estão avaliando se o prédio corre algum risco quando meu superior cruza os braços ao meu lado.
— Detetive — sigo encarando o prédio e todo o caos que está a sua volta. — Chequei o nome da proprietária do andar que mais foi afetado... É senhorita...
— Jasmine Rivera — murmuro.
— Sim, Jasmine Rivera Wreight — minha respiração falha algumas oitavas e eu finalmente encaro seu rosto enrugado. — É uma psiquiatra, muito famosa por sinal.
— Wreight? — minha voz está pesada, baixa e descompassada.
Eu li esse nome por diversas vezes nas últimas semanas, eu o revirei de cabeça pra baixo, esse nome tem um quadro enorme dedicado a ele em minha casa e...
— Sim, a senhorita Jasmine é filha do seu investigado: Jhonny Wreight — eu enfio as mãos em meus cabelos e volto a encarar o prédio no instante que ouço uma freada brusca vinda do outro lado agora. — Me parece que ela está aqui... Coitada, talvez o próprio pai tenha feito isso.
Talvez o próprio pai tenha feito isso...
Meu coração galopa forte, como um cavalo selvagem que foge de toda essa verdade.
Meus olhos saem de uma Jasmine chorando e a visão de Nicolas tanto me tranquiliza como me desespera ao lado dela. Não estou com cabeça para lidar com isso agora.
— Jasmine — chamo ao me aproximar, deixando meu superior para trás e ela me encara. Suas írises claras como um céu em dia de verão brilham devido as lágrimas, seus lábios estão tremendo e o nariz está rosado. — Jas...
— Foi criminoso?! — é a primeira coisa que ela pergunta quando eu tento me aproximar para um abraço, porém ela me repele como se ainda tentasse acreditar.
Nicolas está encarando o prédio com claro desconforto e, por seu maxilar, noto sua raiva.
— Nós ainda não sabemos. Os bombeiros estão fazendo a avaliação do local e só em seguida conseguimos liberar a entrada para os peritos — passo as mãos nos cabelos novamente e ela enxuga os olhos com raiva.
Céus, a força dessa mulher.
— Alguém se feriu?
— Não, o alarme de incêndio acionou muito rápido e o prédio foi todo evacuado em questão de segundos — ela balança a cabeça positivamente.
