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Quero esconder a verdade

Quero abrigar você

Mas com a fera dentro

Não há onde nos escondermos

Não estão passando muitas coisas sensatas na minha cabeça agora, entretanto, ciente que Jensen está na polícia e que vai demorar lá, sinto que está na hora de eu ir atrás — eu mesma — das minhas coisas

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Não estão passando muitas coisas sensatas na minha cabeça agora, entretanto, ciente que Jensen está na polícia e que vai demorar lá, sinto que está na hora de eu ir atrás — eu mesma — das minhas coisas.

Graças a Deus, ninguém me vê. Na verdade, aqui parece silencioso hoje, calmo até demais para o ambiente familiar que comporta tantos Rossi quanto Bittencourts.

Então, eu me aproveito disso para caminhar silenciosamente até a sala de Jade, onde Drew me levou na primeira vez que estive na empresa de advocacia da família.

Ela está — é claro que está, duvido que falte algum dia de serviço — e eu percebo também que está sozinha, por isso, entro sem bater e fecho a porta atrás de mim.

Jade ergue seus olhos verdes afiados em minha direção, estreitando-os em uma surpresa disfarçada quando me encontra.

— Boa tarde? — ela está em pé, com uma blusa social branca dobrada na altura do antebraço, calças de alfaiataria na cor bege e saltos da mesma cor.

Parece que estou me olhando no espelho. Mesmo a postura que ela adquiriu diz muito sobre como eu me comportaria.

— Você sabia.

— Agora eu não sei exatamente do que se trata — percebo suas pernas se abrirem ligeiramente em uma postura de alguém que está pronta para uma guerra.

— Sabia quem era o meu pai. Você não ficou com ciúmes porque todos estavam me dando atenção, você não ficou incomodada pelo o que quer seja que estejam falando, você me pré julgou porque você sabia, antes de todos, quem é o meu pai — um brilho de surpresa surge em seus olhos.

— Bingo — e tudo que diz antes de se sentar. — Por favor, fique à vontade.

— Não ficarei à vontade aqui dentro com você, não consigo sequer olhar nos seus olhos sem lembrar do brilho de desgosto quando me viu na casa de Sol e David. Como se...

— Está deixando suas emoções te dominarem — sussurra, com calma e controle.

Ela é idêntica a mim!

Eu fecho os olhos respirando fundo.

— Eu deixei as minhas emoções me dominarem naquela noite. Ver alguém que poderia fazer mal a minha família no meio dela me deixou absurdamente desesperada. Eu perdi o controle e, sim, eu te pré julguei e nem por quem você é, mas por quem é seu pai. Eu me equivoquei e eu pedi desculpas, peço novamente.

— Você errou.

— Certo, eu errei — respiro fundo como se um peso tivesse sido tirado das minhas costas. — Sabe... Eu gosto de você.

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