Dois Amores - Monsam

Capítulo 10

POV'S MON

Abro os olhos dando de cara com Sam adormecida, seus braços me rodeiam e estou deitada em seu peito. Seu peito sobe e desce, sua respiração tranquila e uma de suas mãos acaricia minhas costas.

Como fomos parar nessa posição? como está acontecendo tudo rapidamente, dessa maneira? não entendo...

Ainda está de madrugada, consigo ver pela janela o céu levemente claro. Pensamentos como "devo sair?" ou "será que ela quer tanto como eu?" rondam minha cabeça, fazendo-me sentir um certo aperto. Medo.

Medo de que talvez isso seja momentâneo, porque é bom demais para ser verdade, é puro demais para mim... tivemos apenas um beijo até então e apenas um encontro. Eu quero mesmo isso? ela quer mesmo isso? duvidas...

Meus olhos começam a pesar, novamente o cansaço me domina novamente. Deixo-me levar pelo mesmo até cair em sono profundo novamente.

[...]

Pela segunda vez nesse dia, acordo. Porém não sinto os braços de Sam me rodeando, nem seu calor na cama. Passo a mão pela cama procurando alguma parte de seu corpo, nada. Sento arrumando meus cabelos e passo as mãos pelo rosto tentando espantar o sono que ainda me resta.

POV'S MON

Devagar saio da cama, faço minha higiene matinal e vou em direção ao quarto de becca. Ao entrar encontro a cama da pequena arrumada, franzo o cenho e saio a procura dela pela casa.

Solto o ar aliviada quando encontro Becca e Sam sentadas no chão da sala, brincando com as bonecas e os carrinhos da minha filha. Sempre deixei que Becca tivesse os brinquedos que ela quisesse, não importava o que era, apenas que não fosse caro demais estava ótimo para mim. Se ela quis um carrinho e não fez birra quando pediu, eu comprei de bom grado.

- Bom dia - cumprimento me aproximando e tendo a atenção das duas, que surpreendente abrem um sorriso na mesma hora.
- Bom dia mãee! - Becca levantou-se animada pulando em meus braços, apertando me e depositando um beijo em minha bochecha, como sempre faz.

- Como você está princesa? - pergunto me afastando, acaticio sua bochecha esperando sua resposta.
- Estou bem mãe... apenas sentindo um pouco de dor - me assusto com sua resposta longa. Naturalmente ela iria apenas responder algo rápido e simples, todo dia após uma crise é assim. Percebo um olhar sobre mim e me direciono a Sam, que nos observa com um sorriso de canto nos lábios.
- Aonde está sentindo dor? - franzo o cenho voltando a atenção para minha filha.
- Aqui - apontou para a cabeça. Acabo fazendo um biquinho pelo seu gesto simples, porém fofo. A envolvo em meus braços, para pega lá no colo e levar até o sofá.

Sento-me próxima a Sam, que ainda não diz nada, apenas nos segue com o olhar.

- Vou te dar um remédio para essa dor passar, tudo bem? - pergunto a pequena que faz um bico. É incrível sua semelhança a mim. - eu sei que não gosta, mas para melhor tem que tomar - passo meu indicador na ponta do seu nariz. - Mamãe vai se arrumar para ir na sua escola daqui a pouco - informo, Becca tenta sair do meu colo desesperadamente negando com a cabeça. - filha, filha calma.
- Becca calma, sua mãe vai sozinha! - avisou Sam acalmando minha filha, que me observa e sai do meu colo indo para os braços de Sam, que a recebe.

Mesmo frustada pela ação da minha filha, levanto-me para me arrumar e ir a escola dela. Sam e eu combinamos que ela fique aqui a vontade com becca. Jisso não poderia vir, pois tem uma entrevista de emprego e Sam se prontificou a ficar com becca.

Volto ao meu quarto e tomo um rápido banho, arrumando-me em seguida. Volto a sala e os olhos que antes estavam direcionados a minha filha me observa de cima a baixo. Pela segunda vez no dia surge seu sorriso de canto, lindo, porém prefiro quando seus ela sorri largo. Talvez eu esteja reparando demais nela...

- Estou indo - aviso aproximando-me em passos rápidos, preciso chegar a tempo, no horário do recreio seria melhor para mim. Beijo as bochechas de becca, que sequer olha para mim e direciono meu olhar preocupado para Sam, que pisca para mim em sinal para que eu fique tranquila.

Após eu dar o remédio, que tinha esquecido, para minha filha, saio da minha casa e ando alguns quarteirões até a escola da Becca. Converso com o dócil e gentil porteiro, que me recebe com um sorrio amigável nos lábios. Informe que minha presença é para que eu converse com a direção e a professora de becca. Ele me deixa entrar e assim me informa aonde  fica a sala da coordenação.