Como pode alguém ser tão linda quando está corada?
- Tudo bem Mon, não se preocupe, gosto muito da becca - ela parece me analisar e depois concorda.
- Está com fome? farei algo para comermos.
- Não, estou bem Mon, vamos falar sobre becca, sim? - a mulher sorri sem mostrar os dentes e prende sua atenção a mim.- Ela disse para mim... na verdade, ela me perguntou - solto o ar que nem sabia que sstava prendendo - ela perguntou do porquê as crianças serem más - mordo os lábios em sinal de nervosismo.
- Céus... você acha que ela está sofrendo bullying na escola? - pergunta - eu não sei o que fazer... nunca tive apoio da minha mãe quando tive ela e Jennie não saberia lidar com isso Sam... - consigo perceber a tristeza em seu tom de voz, ps pés batendo ansiosamente e os olhos vermelhos.- Irei te ajudar, sim? - tento acalma-la - você vai trabalhar amanhã? - ela nega com a cabeça, ainda atordoada. - vá na escola dela amanhã e informe o ocorrido, okay? - Mon balança a cabeça em concordância
- Acha que eh deveria leva-la? - pergunta.
- Não tem ninguém que possa ficar com becca? - pergunto observando cada movimento da mulher. Incrível como presto atenção em cada um dos seus detalhes e movimentos, como se eu quisesse grava-los em minha memória.
- Não, Jennie irá trabalhar e Jisso terá duas entrevistas de emprego. - da de ombros.
- Eu fico com ela... se você deixar e quiser claro - enfatizo sobre sua permissão.- Sam... já estou aproveitando bastante de você, não é certo, não gosto disso - reviro os olhos pela bobagem que estou ouvindo.
- Fico com Becca se você deixar, sim? - ignoro a vendo cemicerrar os olhos.
- Okay... obrigada Sam... - suas bochechas ainda estão coradas - não sei como retribuir isso, muito obrigada. - sorri de canto fazendo meu coração se derreter.Céus, talvez eu esteja ficando louca, mas eu faria qualquer coisa para ve-la sorrir.
- Bom - me levanto - eu vou indo para te deixar descansar Mon - a mulher se levantar e aproxima de mim negando com a cabeça.
- Não Sam! - diz desesperadamente mas depois se recompõe- quer dizer... fica... está tarde, é perigoso - sua aproximação me deixa nervosa, me faz lembrar do nosso beijo, céus, passei a semana toda pensando em seus lábios e em como seu toque é suave.
- Não sei Mon... - repondo perdida em suas íris castanhas.
- Durma aqui Sam, não há problema algum - mordo os lábios e fecho os olhos balançando a cabeça evitando qualquer tipo de pensamento inapropriado, não é um momento bom para isso.A morena dos cabelos longos se aproxima após levantar do sofá, deixando meu coração bater descompassado com seus olhos doces sobre mim. Carrego a sensação que irei desmaiar se Mon continuar aproximando-se dessa maneira. Deixo o celular, que antes tinha minha atenção, em minhas coxas.
- Mon... - fecho novamente meus olhos. O engraçado que sua aproximação é ingenua, a mulher está em pé enquanto estou sentada, paralisada, sem sequer sair do lugar ou fazer algo. Sempre me dei bem com as mulheres, não que eu queira me gabar mas nenhuma me deixou nervosa e dominada dessa maneira.
- Sim? - responde sentando-se ao meu lado, próxima demais, próxima demais Mon...
- porque está me olhando com os olhos arregalados? - franze o cenho logo deixando sua risada ecoar pela casa, deixando-me envergonhada por não conseguir ter sequer uma reação perto dela.
- por...por nada - gaguejo fixada em suas íris castanhas, que me olham inocente, carregando algum sentimento que não consigo entender dentro de si. Mon sorri travessa, ela sabe bem o efeito que está causando em mim, é nítido minha atração pela mulher a minha frente.Acabo sorrindo em sua direção por conta do momento estar engraçado, estou nervosa como uma adolescente idiota e isso aconteceu rápido demais. Os segundos que estou aqui olhando seus traços parecem eternos e doces.
- sabe... eu me sinto uma péssima mãe... - desabafou descendo o olhar para suas mãos.
- porque diz isso? - pergunto, como uma mãe como ela poderia se sentir assim?
- Minha filha dessa maneira... me culpo muito, tenho estado distante porque estou trabalhando bastante, sabe? - balanço a cabeça positivamente, esperando que Mon continue - e tenho pouco tempo com ela... - uma solitária lágrima cai em sua bochecha, fazendo meu coração apertar a vendo vulnerável.
- Você está dando o seu melhor Mon, não é sua culpa - a mulher que agora está sentada em uma posição que fique de frente a mim, com as pernas entrelaçadas, sorri de canto tristonha, seus olhos brilhantes me encaram novamente.
- Obrigada Sam... - novamente arregalo os olhos quando percebo sua aproximação, porque me sinto assim? já nos beijamos antes...Sinto o toque suave dos seus lábios aos meus, em um toque singelo e bonito. Talvez um agradecimento pelo pouco que fiz. Consigo sentir o gélido toque da ponta do seu nariz ao meu, não consigo evitar o sorriso.
Nunca senti isso antes por ninguém, sempre tive medo após as coisas que ocorreram com meus pais então afastei muitas pessoas que gostei... mas não entendo porque estou aqui e aceitei de bom grado seu beijo. Não entendo nada mas não quero que acabe.
- Vamos dormir? - chamou-me, afastando-se e pegando minha mão, me levando ao seu quarto com um sorriso sapeca. Sequer consigo negar, ela é como uma maré que deixo me carregar... levar para qualquer lugar que seja com ela. - vou deixar a porta aberta caso becca acorde - avisou abrindo mais a porta do seu quarto.
Paro para observar o cômodo, confortável e cheiroso. Há uma cama de casal, um guarda roupa e quadros com fotos de Mon com becca, seus amigos, fotos de infância e adolescência. Uma foto para cada momento.
Sinto a mão da mulher me puxar calmamente até a cama. Tenho certeza que ela carrega a mesma dúvida que a minha. Porque estamos aqui? Não há maldade...
sequer um toque que faça o quarto esquentar, mas mesmo assim... estar ótimo.Deitamos de uma maneira que fiquemos cara a cara, sorrio de canto ainda tímida. Mesmo relutante acaricio sua bochecha, ela aceita de bom grado as caricias e após alguns minutos seus olhos pesam até que mesma cai em um sono profundo.
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Dois Amores - Monsam
FanfictionKornkarmon é uma mãe solteira que tem passado por dificuldades em sua vida profissional e com sua filha (Rebecca), que tem apresentado várias crises de pânico e ansiedade. A mãe acaba conhecendo a pediatra Samantha Anuntrakul, que a ajuda não apenas...