Eu Não Tinha Pensado Nisso

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- E eu ainda não sei o nome dela -
Eu caí no sofá, exausto do trabalho, e com uma porrada de pensamentos em minha cabeça. Mas um pensamento continuava me incomodando, a maneira como ela disse aquilo, o tom de voz dela. Bati com os dedos no braço do sofá, preso em pensamentos.

- É só você ligar para casa noturna pedindo o contando - Gustav falava rindo, indo para cozinha.e eu mostrava o dedo do meio para o mesmo

- Por que ela é tão difícil? - Inclinei a minha cabeça para trás

- Difícil por ela simplesmente não ter ido para cama com você? - Bill sentava no sofá ao meu lado

- Não! Difícil por não ter me dado nenhuma bola. E por isso também! - Completei minha frase com uma risada, fazendo Bill revirar os olhos

- Como você mesmo disse. Ao menos sabe o nome dela - Georg murmurava

- Mas eu fiz uma proposta irresistível para ela. Eu diria uma proposta irrecusável

- Espero que não seja nada demais, porque eu sei como você é! - Bill dizia folheando a sua revista

- E qual seria está "proposta irrecusável"? - Gustav falou sarcástico

- De eu a conhecer melhor... - Falei contando só uma parte do acordo. Bill riu, já sabendo que não era somente isso

- Agora fala a parte da malícia - Bill sacudiu a cabeça, só esperando para o que vinha

- Se ela for como eu penso ser, ela não volta aqui sem passar pela minha cama - Completei com um sorriso de satisfação

- E ela aceitou isso? - Georg me questionou

- Não obtive uma resposta - Normalmente eu tenho as respostas na ponta da língua

- É óbvio que não obteve! Não sei o porque você perguntou, Georg - Bill debochava de mim

- Vai se foder Kaulitz! - A irá subiu pelo meu sangue

- Se fode você! - Ele atacou uma almofada do sofá em mim

- Dois pamonhas discutindo - Gustav caia na gargalhada

- Cala boca! - Nós dois lançamos uma ousada ofensiva de almofadas contra o garoto, gritando ao mesmo tempo. Foi uma ambição tão insana que até mesmo os móveis se balançavam com o estrondo

Bill sai do ambiente, visivelmente enfurecido, rumando para o quarto. Eu reflito para mim mesmo, em como eu me aproximaria da garota, já que os garotos só souberam falar merda, que é o que eles sempre fazem. Planejo o meu próximo passo, mas me dou conta de que preciso do Bill para a minha estratégia. Contudo, ele está um pouco zangado, o que pode tornar minhas chances de sucesso mais complicadas.

- Toc, Toc - Fiz eu, fingindo bater na porta. - Posso entrar? - Perguntei. Mas o silêncio que me respondeu dizia mais que mil palavras. O ar ficou pesado de desconforto. - Foda-se - Murmurei entrando

- Eu não disse que você podia entrar! - O garoto resmungou, apertando os maxilares.

- Que pena, pois eu já estou aqui! - Em seguida, ele sentiu um movimento e uma pressão no colchão ao lado de si, ele se vira e me encara, me fitando como um leão que teve seu território violado

- Bill-Bill - O apelidei de forma fofa - A garota pode ir com a gente n- - Ele me cortou

- Não! - Bill disse curto e seco

- Qual é Bill-Bill para de ser grosso - Me esparramei em cima dele. Supliquei, tentando uma abordagem diferente. - Seria muito legal ela vir conosco! - Bill não se moveu, mantendo o olhar frio e determinado.

- Para que você quer que ela vá junto!? Ao menos sabe se ela vai aceitar?

- Para eu conhecê-la melhor. E sim, ela topa tudo - Bill parecia ter ficado mais calmo, mas ainda assim me olhava como se fosse um território minado

- Eu não quero ver ninguém se comendo! - Ele murmurava

- Você acha que eu sou o que? Até parece que não conhece o seu irmão! - Dei um soquinho em seu ombro, o empurrando

- Você é a última pessoa na Terra que tem que me dizer isso. Eu sou seu irmão mais novo, e ainda assim, conheço suas jogadas.

- Então você deixou? - Cerrei os olhos, esperando por sua resposta

- Digamos que sim... - Ele falou sem expressão, tentando parecer durão

- Não é necessário dizer que você é o meu irmão preferido, você já sabe disso! - Me levantei de seu lado

- Eu sou seu único irmão, idiota! - Bill exclamou

- Exatamente! Por isso mesmo que você é o meu preferido - Eu saio do quarto e ouço meu irmão fazendo o que ele faz de melhor, bufar irritado.

- Vê se avisa ela! - Ouvi Bill gritar de seu quarto

- O papel com o seu número de telefone! - A memória de que eu tinha largado no carro de Georg veio à tona - Outro dia eu pego. Prefiro fazer como uma surpresa a ela - Afirmei a mim mesmo, tentando esconder a minha irresponsabilidade

- Como foi a conversa? - Gustav perguntava aparecendo atrás de mim

- Porra! Você ja é feio e me assusta desse jeito - Ele solta uma risada, e eu continuo - Ah, a conversa foi descente, eu diria, ninguém saiu ferido!

- Milagre - Ele me respondeu sarcástico - E o que vai fazer em relação a garota?

- Vou levá-la para assinar autógrafos com a gente

- Que idéia de jerico! Tinha que ter vindo de você! - Ele falou com um sorriso, caçoando de mim

- Por que? - Perguntei. Eu realmente estava confuso

- Lá é literalmente o ponto de encontro com as fãs, e você vai levar uma garota com você? - Ele riu - Cuidado para não perder uma parte do corpo, ou até mesmo ter uma namorada careca - Gustav se retirou rindo. Provavelmente ele estava imaginando a cena.

- Eu não tinha pensado nisso... - Como eu não tinha pensado nisso?

Vícios  |Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora