Tom?

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Alguns meses se passaram. Para quem estava no começo de março, já era o final de agosto. Tom havia me ligado diversas vezes, e todas as vezes eu ignorei a sua ligação, a mesma coisa eu fiz com os seus SMS. Ele havia parado de me encher, não fazia nem dois meses, mas havia parado, não tive mais contato com Tokio Hotel, até porquê o meu único contato era Tom. Só tive notícias deles através de manchetes de revistas. Nesse meio tempo Tom saiu em destaque quatro vezes, e as quatro vezes eram deles falando de uma suposta namorada de Tom, ou melhor, uma não, quatro, cada vez que essa notícia saía era uma mulher diferente.
Obviamente eu não acreditava naquilo, porquê o momento em que eu tive pra conhecê-lo eu consegui ver o seu verdadeiro caráter, mas confesso que aquelas notícias me incomodavam um pouco, e não sei dizer o porque.

Hannah não estava falando mais comigo, do mesmo jeito em que perdi o contato com o Tom, eu também havia perdido com Hannah. Eu havia entrado em contato com ela no seu aniversário de 21 anos, mas não obtive alguma resposta. Eu sabia que o aniversário dos Kaulitz's estavam chegando, eu queria dar os meus parabéns ao Bill pelos seus 20 anos, mas isso não iria acontecer, até porquê para isso ocorrer, eu precisaria falar com Tom, que era algo que não iria rolar.

Se você está se perguntando do meu ensino, você está perdendo o seu tempo. Como havia dito que iria fazer, eu larguei à escola, não é algo que eu recomendaria à você, mas era algo de que eu precisava fazer. Então não, eu não terei um ensino superior completo; e também não sei como vou arranjar um emprego sem ele, e eu não me importo com isso. Até porquê não tenho uma visão minha, de meu futuro, a onde eu esteja com um trabalho bom e em uma família feliz, com um relacionamento saudável.

Neste exato momento estou alcoolizada em uma discoteca, prestes a ser assediada por um homem.
Dos meses pra cá eu não fiquei só nas bebidas alcoólicas e maconha, eu havia experimentado substâncias novas, de que o meu corpo nunca teve experiência, como a heroína. Na verdade, está foi a minha primeira vez usando heroína, e eu não me orgulho disso.

Uma secessão de euforia e bem estar percorria pelo meu corpo. Em uma hora eu ouvia a música estourar em meus tímpanos, e em outra hora eu não ouvia mais nada, era uma confusão mental. Um homem jovem começou a se esfregar atrás de mim, eu estava amando e odiando aquilo, era uma mistura de sentimento. O meu corpo queria o seu toque, já o resto de consciência que eu ainda tinha, queria o empurrar e o afastar de mim; eu estava excitada, mas o mesmo tempo com nojo e enjoo.
Suas mãos grandes começaram a percorrer pelo meu corpo, elas subiam de meus quadris e apertavam os meus seios, enquanto ele afogava sua respiração em meu pescoço.
O meu corpo estava ganhando está briga com o meu consciente, mas eu não queria aquilo, então comecei a lutar contra mim mesma.

— Saia! — Empurrei o homem com os meus ombros

— Qual foi? Você estava gostando de meu toque — Ele vinha se aproximando de mim colocando suas mãos em minha bunda

Eu fiz uma cara de nojo, e tentava empurrar ele com os meus antebraços, mas ele se segura em mim, não tinha como comparar a minha força com a dele.
As pessoas que estavam ao meu redor perceberam o que estava acontecendo, mas ninguém fazia nada, eu não fazia nada, eu não conseguia fazer.
Eu sentia que o próximo estágio da heroína estava chegando, a sonolência, se ela chegasse, ele iria poder fazer o que quiser comigo, se alguém não o interrompesse.

O meu corpo estava ficando mole, a força que eu já não tinha, estava indo embora. A minha pálpebra estava ficando cadê vez mais e mais pesada, os meus olhos lutavam para ficarem abertos. As pessoas que estavam ao meu redor que antes era nítido para mim, estavam virando apenas vultos e borrões. Antes de meus olhos se fecharem por completo e eu perder a consciência nos braços daquele homem, eu vi uma figura, uma figura masculina que se destacava em meio às pessoas. Ele estava se aproximando cada vez mais e mais perto de mim. A figura a qual eu não conseguia identificar, deu um murro no centro do rosto do cara, fazendo o mesmo tombar para trás, e eu cair no chão duro e gelado que era o da discoteca. O gelo do chão, entrou o em contato com o meu corpo que estava quente, com o meu sangue fervente e eufórico.
Vi ele se abaixar em minha direção, senti seus braços se entrelaçarem em meu corpo, me tirando do chão. Eu estava confusa, minha mente e meu subconsciente estavam confusos. Era a minha primeira vez usando heroína, tudo me parecia confuso. Eu não sabia identificar quem era esse homem que havia me tirado dos braços daquele cara, mas a única pessoa em que eu conseguia pensar, era nada mais e nada menos, ninguém, além dele.

— Tom? — Meus olhos se fecharam por completo. Meu consciente agora estava inconsciente.

Vícios  |Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora