Não, Você Não Pode

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— Não acredito que quase fiz sexo com ele — Digo me sentando na cama a onde tudo ocorreu — Não acredito que quase fiz SEXO com TOM KAULITZ — Eu gritei enquanto dizia essas palavras

— Estou ficando ansiosa, não posso ficar ansiosa — Digo vasculhando minhas coisas a procura de um baseado

Me encontro com um que estava dentro de minha bolsa, sempre deixo alguns lá caso eu tenha que sair com pressa.

— A onde tá o isqueiro? — Me pergunto a mim mesma abrindo as gavetas da cômoda — A onde está a porra do isqueiro!

— Foda-se — Digo descendo as escadas; indo em direção a cozinha acendendo o fogão. Coloco o baseado na boca do fogão para que ele acenda

Logo que ele acendeu coloquei entre meus lábios dando uma boa tragada; respirando fundo tentando me acalmar

— Ok, está tudo bem — Digo dando mais uma tragada enquanto eu subia novamente para o meu quarto

Ao olhar ao redor, percebo que Tom havia deixado seu boné ali, o precioso boné que ele nunca tira da cabeça. Respiro fundo e pego ele em minhas mãos enquanto baforava o ar

— É só ir devolver, certo? É só ir ao hotel o qual ele disse que se eu fosse, terminaria o que a gente começou aqui

— Foda-se, é só ir. Quem tem direito sob meu corpo sou eu, não ele — Digo a mim mesma tentando me encorajar

Pego meu casaco de veludo, minha chave de casa, e com o seu boné em minhas mãos e o baseado em minha boca, saio de casa a procura de um táxi

— Táxi! — Chamei enquanto estendia meus braços, abri a porta do carro e joguei o meu baseado na rua

Adentrei fechando a porta, logo em seguida passando o endereço do hotel para o homem.
Ao chegar no local paguei o homem e sai do carro entrando no elevador do hotel. Andei pelos corredores, a procura do quarto de hotel deles, até que eu acho.
Parei em frente à porta tomando coragem dentro de mim para bater; até que eu começo a escutar a conversa de lá de dentro

— Eu fui na casa dela e gravei — Um barulho alto soou de lá de dentro, como se alguém batesse alguma coisa contra a mesa

— Aí está a sua prova de que não estou tentando esconder nenhuma frustração — O som do vídeo começou a rolar, dava para ouvir o som dele me prendendo contra a parede de meu quarto, dava para ouvir nossas respirações ofegantes, era bem baixo, mas mesmo assim, dava para ouvir

Uma raiva se alastrou pelo meu corpo, parecia que este sentimento corria pelas minhas veias e que meu coração bombava para o meu corpo todo. Eu não estava acreditando que ele tinha feito isso comigo, de que ele tinha gravado um vídeo meu com ele, se eu tivesse escolhido ter feito sexo com ele, estaria tudo gravado, gravado no vídeo que Tom Kaulitz registrou

— Isso só comprava o que eu pensava! — Ouvi Bill gritar — Que você é um menino sexualmente frustrado! Por isso fode com todas.  Quando você vai aprender Tom? Um dia você terá um relacionamento sério, por mais incrível que isso pareça, você terá, e pagará por tudo que você faz! O karma voltará contra você.

Quando Bill terminou de falar eu bati agressivamente na porta, até alguém me atender

— Tri Roll-ão? — Georg abria a porta somente em uma brecha — O que você está fazendo aqui? Bom, seja lá o que for, não é uma boa hora

— Eu sei! — Bati na porta agressivamente fazendo ela escancarar e Georg dar um pulo para trás

Fui em direção aos Kaulitz que estavam na mesa, joguei o boné de Tom na cadeira enquanto eu olhava fixamente a ele

— Mayla? — Bill me perguntou confuso

Gerog já havia fechado a porta, e Gustav se ajeitou no sofá, estavam todos em silêncio me olhando, esperando pelo o que eu iria fazer, esperando pelo meu próximo passo

Me aproximei do rosto de Tom e depositei um beijo molhado em seus lábios. Todos me olhavam confusa, principalmente Tom, até porquê eles estavam falando de mim.
Enquanto eu afastava o meu rosto do mesmo minha mão ia para trás com gosto, para depois ela ir para frente com todas as minhas forças, e eu dar um belo de um tapa no rosto do Kaulitz.
Ele colocou sua mão sob seu rosto, pela ardência que eu havia deixado lá, ao afastar dava para ver certinho o contorno de minha mão em seu rosto pálido

— Vamos ter que cancelar o ensaio fotográfico de amanhã — Bill falava pegando o seu telefone nenhum pouco surpreso pela minha atitude

Tom não falava nada, que nem Georg e Gustav, eles permaneciam calados, em silêncio. Já que Tom não iria se pronunciar tão cedo, eu me pronunciei

— Eu te odeio Tom Kaulitz — Essas foram as únicas palavras que saíram de minha boca antes de eu me dirigir até a porta

— Mayla, eu posso explicar — Ele finalmente disse

— Não, você não pode — Me afastei cada vez mais

Eu sabia que essas eram as primeiras palavras que saía da boca do homem quando eles faziam algo de errado. Então eu fui embora, para o meu conforto, fumar o meu baseado

Vícios  |Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora