Don't Jump

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— Mayla, sou eu Bill. Eu vim te ver — Ele batia na porta — Eu sei que está em casa, a luz de seu quarto está acesa — Ele batia na porta novamente— Mayla?

Ele fazia uma sombra com a sua estrutura, enquanto tentava enxergar algo lá de dentro pela janela, mas as cortinas estavam fechadas.
Sua sombra alta rodeou a casa, procurando por alguma abertura. Todos os Kaulitz's são assim? Eles invadem casas?
Ele achou a janela que sempre ficava aberta para a circulação de ar, a mesma janela que Tom tinha entrado na outra vez.

— Mayla, uhul a onde você está? — Ele falava em tom de cantarolação enquanto entrava em casa

— Estou subindo! — Ele dizia enquanto subia as escadas em direção ao quarto — Vou entrar — Bill falou enquanto tampava os seus olhos com a sua mão, com medo do que poderia ver — Mayla? — Ele não obteve nenhuma resposta, então tirou sua mão de seus olhos lentamente, vendo que não havia ninguém. A casa estava vazia

— A onde ela poderia estar? — Bill se perguntou enquanto olhava ao redor

Ele tirou o celular de seu bolso e ligou para Tom

— Por que não atende Tom? Mayla não está aqui — Ele dizia para si mesmo

Ao avistar a cama de Mayla, guardou o seu celular. Ele viu um pequeno baú, ao se aproximar dele avistou algumas cartas dentro dele. Cada carta havia um destinado. Havia cartas destinadas para Tokio Hotel, para Hannah, e uma especificamente para Tom.
Bill estava curioso para saber o que estava escrito nas cartas, principalmente na carta de Tom. Ele pegou a carta destinada para Tokio Hotel e abriu.
Cada ponto; cada vírgula; cada sílaba; cada palavra; cada frase; aquele texto todo aterrorizava Bill

— É uma carta de suicídio — Sua voz trêmula soou apavorado, sua mão tremia e com isso acabou largando a carta aberta

Ele saiu da casa de Mayla apressado e correu para a sua Audi Q7

— Caralho, caralho, CARALHO! — Ele ficava nervoso a cada segundo. Ele nunca foi tão rápido para colocar a chave na ignição e dar partida — Atende porra — Ele dizia enquanto ligava para Tom, mas não havia nenhum retorno — A onde será que ela está? Por que Tom não atende o telefone? — Bill dizia ligando o rádio, para ver se ele se acalmasse um pouco

"Uma garota não identificada está nas alturas do Hotel mais recinhecido da Alemanha pensando em suicídio. De acordo com as nossas informações ela está lá cerca de 7 minutos"

— Porra! — Bill virou o volante com tudo, fazendo com que outros carros buzine. Ele estava indo para a direção oposta. Seu pé afundou no acelerador enquanto ele ia na direção do hotel que foi citado no rádio.

Ele não sabia o que fazer, se prestava atenção na estrada, se ligava para Tom ou para os outros rapazes

— Eu desisto de você Tom — Ele desligava a ligação em mais uma tentativa falha de se comunicar com o irmão

Assim que a ligação foi desligada, Bill recebeu uma outra ligação que era de Georg

— Você ouviu as notícias Bill? — Essas foramas suas primeiras palavras assim que a ligação foi iniciada — Aquela garota tentando se suicidar não é Mayla?

— Sim eu ouvi, e é ela mesma. Estou indo para lá agora

— Como?... — Bill o interrompeu

— Depois eu te explico tudo, me encontra lá — Ele desligou o telefone

Ele estacionou o seu carro em frente ao hotel, havia viaturas, algumas ambulâncias, e bombeiros.
Bill foi correndo para entrar no hotel mas foi barrado por policiais

— Eu preciso entrar aí! — Ele fazia força contra a polícia, que não o respondeu, apenas o segurou

Ele se afastou dos policiais esperando por uma brecha. Ao ver que eles estavam distraídos, saiu correndo passando por debaixo da fita amarela.
Ele subia as escadas correndo.
Cada segundo era preciso para alguém que está nessa situação.
Ao chegar na metade da escadaria, Bill se deparou com Tom que estava descendo as escadas com Kristina

— Bill... — Tom murmurou

Bill apenas o ignorou e fingiu que não tinha visto aquela cena, e passou por Tom subindo as escadas. Pela primeira vez em sua vida, Bill havia sentido um pouco de repulsa pelo irmão, pelo o que ele estava fazendo.
Ao chegar no terraço ele viu Mayla que estava na beira do hotel.

— MAYLA! — Ele gritou, tirando a sua atenção para o que ela estava prestes a fazer

— Bill? — Ela olhou para trás ainda na borda — O quê está fazendo aqui?

— O quê você está fazendo aqui!? — Ele disse se aproximando dela

— Eu... Eu quero acabar com o meu sofrimento

— Você não pode fazer isso Mayla. Não é assim que você vai acabar com o que sente — Bill dizia se aproximando cada vez mais e mais da garota

— Se não for assim, vai ser como Bill? — Era como se ela estivesse hipnotizada, certa de que iria fazer aquilo a qualquer momento

— Tem pessoas que te amam Mayla. Tom te ama, eu te amo, e Hannah te ama, e não gostaria que você estivesse fazendo isso

—Você só está dizendo isso porquê eu estou aqui. Tom está lá embaixo com aquela mulher. E Hannah está morta, Bill, morta — Lágrimas escorriam pelo seu rosto

— Tom é um babaca. E eu não estou dizendo isso porquê você está aqui, se não eu não teria ido até a sua casa e depois corrido até aqui se eu não me importasse com você. E lembra o que Hannah disse? Ela queria que você fosse ao funeral dela, não que você causasse mais um funeral — Bill já estava ao lado dela — Se for assim — Ele subiu na beira do terraço — Eu pulo por você — Ele pegou nas mãos geladas que eram a de Mayla

— Não Bill... Eu... — Ela estava ficando confusa e indecisa sobre aquilo. Ela queria aquilo para ela, mas não desejava aquilo para Bill

As pessoas que estavam lá embaixo se assustaram, achando que os dois enlouqueceram e iriam pular

— Que porra eles estão fazendo? — Tom perguntou a Georg que estava ali a pedido de Bill

— Eu não sei. Bill me disse que estava vindo para cá, só não sabia que era para se matar também

— Bill, eu não posso deixar você fazer isso — Mayla falava soltando a mão de Bill

— Então não faça! Por favor Mayla, pela a Hannah, por você mesma

As palavras de Bill afetaram a mesma, ela segurou nas mãos dele. Bill se desesperou um pouco, pois ele não sabia se era para pular, ou para descer.
Eles desceram da beira do terraço. Pode se ouvir suspiros de aliviação, e algumas comemorações.
Eles desceram algumas escadas, e pegaram o elevador, saindo na entrada do hotel.
Alguns socorristas foram correndo na direção dos mesmos.
Em alguns minutos a notícia havia se espalhado, havia paparazzi, repórteres, era câmera para todos os lados. Eles só não foram cercados pela multidão por causa dos policiais que estavam ali.
Os socorrista os levaram para as ambulâncias e fizeram um check-up.
Mayla estava sentada na traseira de uma das ambulâncias e Bill estava sentado em outra. Tom estava ao lado de Bill, e Mayla somente os observava. Tom olhou para Mayla, ele expressava preocupação em seu olhar, seus olhares se encontraram, mas nenhum deles teve alguma atitude de se aproximar ou falar alguma coisa. Havia muito barulho entorno deles, das sirenes, das pessoas, da cidade, mas havia um silêncio absoluto entre eles, deixando ali, um clima pesado no ar.

Vícios  |Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora