49° capítulo👨‍👩‍👧‍👦

2.2K 195 27
                                    

Pensei até em abri a porta do carro, mas não sabia o que era lá fora, então eu me controlei e esperei

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pensei até em abri a porta do carro, mas não sabia o que era lá fora, então eu me controlei e esperei. Meu marido parecia ter tirado o blazer cinza e começou a fazer alguma coisa, mãe logo depois enfiou o celular no bolso novamente e se inclinou. Não conseguia ver tão bem. Quando se levantou e começou a vir na direção do carro eu abri a porta.

—Segura—Ele olhou para os lados e depois quase entrou no carro.

— É um cachorrinho?—Indaguei sem conseguir ver o embrulho, seu semblante estava um pouco abalado.

Mathew veio para perto e então se abaixou. Eu paralizei, lhe encarei e depois voltei o olhar para a coisinha tão pequena, muito mesmo.

Oh Meu Deus! Como alguém pode fazer uma coisa dessa? Meu desespero foi tanto que temi não conseguir segurar o neném recém nascido. Mas eu consegui! Mathew bateu a porta do carro e eu olhei para a coisinha muito pequena. Não devia ter nem cinco dias, o rostinho estava vermelho e melado de tanta lágrima, mas não chorava mais, só estava de olhinhla fechados, levei minha mão até o nariz e esperei até sentir o ar quentez ele estava respirando.

O carro entrou em movimento e eu só queria entender como alguma pode fazer uma coisa dessa? É um bebê recém nascido? A pessoa tem que ser muito cruel pra fazer algo do tipo.

—Vamos levar pro hospital? Ele pode estar ficando doente…

—Vamos pra casa—Disse sério—A gente da um banho e cuida dele, amanhã informamos a polícia e levamos ele no hospital—Fiquei quietinha ali no banco e voltei a observar o neném.

Era a coisinha mais linda, tinha muito cabelo, e um cabelo escorrido e escuro, as sobrancelhas mesmo sendo bem clarinhas era bem peluda e quase juntava nos cabelos, os cílios eram bem volumoso também, a boquinha pequena e a pele não muito clara…

Ele estava até meio sujuinho…

Quando chegamos em casa eu nem esperei meu esposa, sai do carro e entrei em casa, estava com medo do bebê estar com muito frio. Subi pro meu quarto e o coloquei na cama, tirei primeiro o blazer de Mathew e depois encarei a roupinhas estava apenas com um bodyzinho cinza e curto com as pernas de fora. Tenha misericórdia! Abri a peça e deixando apenas de fralda, o cheiro não estava muito bom também, abri a fralda e enrolei, ele estava todo sujo. Levantei com o pequeno nos braços e tirei meus sapatos pelo caminho. Com cuidado entrei no box e liguei o chuveiro testando a água que estava morninha, entrei com ele sem me importar se ia me molhar ou não. O lavei com cuidado, lavei com o sabão que tinha no banheiro mesmo, o bebê começou a se mexer um pouco, mas não chorou, ainda bem. Parecia sentir que eu estava cuidando dele.

Já na cama eu lhe sequei com cuidado, o bebê estava até assado, tadinho. Eu e Mathew não havíamos comprado nada de bebê ainda, queriamos primeiro saber o sexo e somente depois comecariamos a comprar as coisas. A minha sorte é que eu havia ganhado da minha sogra uma roupinha amarela, ela me deu assim que soube da gravidez, levantei da cama e fui até o closet, abri a última gaveta e peguei a roupa limpa, eu tinha lavado, peguei também uma pomadinha, ainda bem que eu comprei essas coisas no dia que fui a farmácia… voltei para o quarto e sorri pro bebê com a barriguinha de fora. Ele estava quietinho ainda, não chorou desde que eu encontramos…Alisei a barriga lisinha e peguei a pomada passando no bebê.

—E aí?—Virei a cabeça e vi Mathew entrar no quarto.

—Acho que ele está com fome…

—So tem leite normal, faço assim mesmo?—Lhe encarei e depois olhei para o bebê. Não tinha nem fralda pra colocar nele.

—Acho melhor não—Disse— É melhor você ir na farmácia e comprar uma fórmula, ele é muito pequeno, compra fralda e mais algumas coisinhas.

—Ta bom—Ele falou, nos encaramos e vimos o quanto estávamos assustados.

Acho que não pelo bebê e sim pela situação, se não tivéssemos escutado o resmungo baixinho ele poderia estar lá até agora, só de pensar nisso, senti meu coração se apertar com a possibilidade dele passar mais uma noite no frio.

—Eu vou la—Mathew saiu do meu campo de vista e eu me acomodei melhor na cama.

Espero que ele não demore, pois o bebê está apenas com a roupa, sem fralda. Peguei ele no colo com a mão atrás da cabeça muito pequena, ele era todo molinho ainda. Deitei ele contra meu peito colocando a cabecinha de lado e depois alisei o corpo muito pequeno, acho que talvez ele nem tenha um mês ainda.

—Ta tudo bem meu anjinho—Falei baixo—Vamos cuidar do bebê…

Por algum motivo senti uma lágrima escorrendo pela lateral do meu rosto. Não conseguia nem pensar na crueldade que era uma pessoa deixar um neném recém nascido dentro de uma caixa de papelão.

Acreditei que ele estivesse com fome pois pela primeira vez ouvi um resmungo, me levantei com ele e segui para o andar de baixo. Mathew entrou pela porta quando eu estava no fim da escada, nas mãos tinha duas sacolas.

—Ele está com fome—Falei e fomos pra cozinha—Pega ele amor…

Mathew pegou o nenêm com muito cuidado e eu fui preparar a mamadeira, graças a Deus meu marido comprou uma também. Quando terminei testei na mão pra saber se estava quente demais e depois lhe entreguei.

—Eu já pedi que tentem descobri quem deixou ele ali—Mathew arrumou ele no colo e depois lhe deu a mamadeira, o garotinho era esperto e começou a mamar rapidamente.

—E se acharem devolvemos ele a família?—Indaguei.

—Depede, foi abandono, talvez o deixem com outro familiar—Falou e me sentei numa cadeira.

—Se não tiver outro familiar ele vai pra algum abrigo…

—Sim—Falou e eu suspirei— Amanhã mesmo vou entender isso—Meu marido olhou o pequenininho e depois abriu um sorriso de lado—Quando a Kathe estava grávida, era um menino…imaginava tudo que faríamos juntos, futebol, videogame…essas coisas.

Eu sabia que ele e Katherine teriam um menino, ele me contou uma vez, acho que tudo se tornava ainda mais doloroso desse jeito. Eu amei os meus bebês no momento que soube que estava grávida, mesmo que fossem fruto de violências eu me apegava a sensação de vida. Era como se Deus estivesse me dizendo que ainda havia esperanças. E as três foram quebradas e tiradas de mim. Mas eu não cheguei a ver a barriga crescendo, não tive tanta conexão, imaginava que pra mim já era doloroso desse jeito, imagine para o Mathew que organizou o quartinho junto da esposa, que via e sentai o bebê mexer e ainda apode ver o filho antes dele falecer, era uma dor terrível eu imaginava, e ainda perdeu a esposa. Sabia que jamais iria tirar aquela dor dele e que jamais substituiria a Katherine, assim como eu jamais esqueceria dos meus bebês. Mas nós dois juntos poderíamos escrever uma nova história, era que isso que estávamos fazendo.

                            ...👶...

New Baby!

Acharam que seria uma família de três?

Comentem aí!

Um Amor Além do tempo- Romance Dark- série Romances Lindos Onde histórias criam vida. Descubra agora