Capítulo 10 - Ao fim da aula

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Enquanto eu chupava Wednesday, a mesma se contorcia na cama e fala coisas desconexas. Ouvir Addams gritar pelo meu nome foi com certeza o ápice, pois logo comecei a sugar com mais vontade, aquilo era mel pra mim, o mais doce. O quarto estava escuro, só havia espaço para nós duas embora aquela cama de casal no centro do quarto passasse a ideia de um espaçoso cômodo. Eu não sabia onde estava, provavelmente no quarto de Wednesday. Como cheguei ali? Quem sabe...

- Agora use os dedos, Enid...

Wednesday estava ofegante e quase não conseguia falar. Em resposta ao seu pedido, eu apenas dei um meio sorriso em sua direção e logo analisei cada detalhe de seu corpo nu. Addams pelada era poesia misturada com sensualidade. Sua pele bronzeada era fascinante, seus lábios(o de cima e o de baixo) tinham um gosto tão bom que nem mesmo em meus sonhos eu confundiria ou esqueceria.

- Eu vou...

Wednesday tentava completar sua frase ao mesmo tempo em que eu a torturava. Às vezes eu chupava com força outras vezes fazia mais devagar e ainda parava para dar uns beijinhos nela. Wednesday com certeza odiava que eu ficasse enrolando para chegar em um determinado ponto, mas o que eu podia fazer? Comigo as coisas funcionam assim. Ela queria ir com sede ao pote, já eu gosto de o saborear lentamente, assim sempre é mais gostoso. Sem mais delongas, dei o que a garota tanto implorava para ter. O tão avassalador orgasmo.

- Eu vou...

- Gozar! - completei a frase da garota e na mesma hora senti seu líquido chegar. Lambi tudo e como sempre, nada me decepcionou. Observei Wednesday ofegante e de olhos fechados. Seu peito parecia frenético. Para cima e para baixo. Para cima e para baixo...

[...]

10h22 ~ escola de Enid ~

Tenho que confessar que ter sonhos eróticos com Wednesday tem me deixado distraída nas aulas. Se bem que matemática não ajudava tanto na minha concentração, né? No momento a sala de encontrava em puro silêncio, pois a professora estava passando o conteúdo da prova que estava marcada para semana que vem.

Nada naquela fatídica sala de aula congelada pela temperatura do ar condicionado me prendia a atenção. Se ao menos ela tivesse vindo... olho em direção a professora que mantinha uma árida discussão com minha amiga Yoko Tanaka. Na verdade, aquilo não me surpreendia, tendo em vista que a mesma quase sempre dormia nas aulas e só assistia às que lhe convinha. Matemática não era o caso. Bocejei em puro tédio e tentei me manter acordada, pois minha visão já está a turva e minha mente estava prestes a me sabotar.

[...]

12h20

Ao fim da aula - está que eu dormir, porém Divina me acordou antes que eu recebesse uma reguada na testa pela professora e sangrasse até a morte - Eu finalmente pude respirar o ar da liberdade e colocar os pés pra fora daquela gélida sala. Fui em direção ao meu armário e deixei alguns livros pra não levar tanto peso pra casa e logo comecei a caminhar a saída da escola.

- Suéter lindo, Enid...

Apensar de amar ser elogiada, aquele elogio em específico ao meu suéter rosa com alguns detalhes coloridos me fez ficar estática. Era a voz de...

- Amber? - me viro lentamente e olho em direção a garota que se encontra com um sorriso mal no rosto e os braços cruzados. Pelo comprimento de sua saia, pude notar suas belas pernas. - Quanto tempo não nos falamos, né?

Eu claramente estava sem jeito. Depois do bendito banho, eu não ousei olhar na cara de Amber e a evitava sempre que podia pelos corredores da escola. Apesar de estar com uma cara de menina que vai aprontar no rosto, Freeman nada fez além de me analisar de cima a baixo e morder os lábios.

- Vice fez uma péssima escolha no nosso último encontro, Enidzinha! - ao ouvir o que Amber disse, comecei a olhar de um lado para o outro em busca de alguma alma viva. Como não havia ninguém, provavelmente significava que os ônibus já haviam saído e naquele momento só sobrava eu e o diabo naquele corredor cheio de armários que ela podia bem me trancar se assim desejasse. Mas não... Esse é um truque velho.

- Desculpa... Eu realmente sei que agi mal e se não mandei uma mensagem ou te procurei pra explicar meu lado foi por medo! - abracei com força meus livros e logo uma expressão de desespero pintou meu rosto. Eu conseguia também sentir uma gota de suor cair pela minha testa.

- Medo, Enid? - Amber riu - Não precisa ter medo de mim. E não precisa se preocupar quanto ao nosso último encontro. Vamos esquecer e recomeçar? Que tal?

Aquilo realmente estava estranho, em hipótese nenhuma Amber Freeman deixava de se vingar pra propor paz, na certa ela mesma comprava briga com alguém só pra testar sua maldade. É como se fossemos seus brinquedinhos de tortura.

- Eu acho isso estranho, mas não podemos conversar depois? - olho pra trás na esperança que alguém me socorra - Eu tô achando que vou ter que ir à pé pra casa e isso vai me custar uns bons minutos, melhor eu ir - me virei e comecei a andar com um puta medo dela falar algo mais - Até mais!

- Espera! - Amber gritou - Eu tô de carro, vamos!

Virei-me para analisar a fala da garota que vestia uma minúscula peça de roupa. Aquele era o uniforme das líderes de torcida, afinal. Ela mantinha um sorriso "adorável" no rosto e parecia querer me chantagear. Eu tinha muito medo de aceitar sua carona, pois ela saberia onde era minha casa e mandaria no meio da noite me balearem enquanto estou cuidando das plantas na porta da entrada. Então, nada me faria entrar naquele carro com Amber Freeman.

[...]

- Seu carro é bem espaçoso! - falei impressionada com cada pedacinho que integrava aquele automóvel. Eu sentava do lado da garota que dirigia em uma velocidade média. Até hoje não sei como Amber conseguiu me convencer a entrar naquele carro, só sabia que ela estava me levando pra casa e ela já sabia onde era sem eu ao menos dizer uma palavra. O fato inegável é que ela está sendo legal e eu não queria ser uma pessoa má ao dizer que não confiava 100% naquilo. Pessoas mudam o tempo inteiro, não é?

- Está estregue.

Ouvir a voz de Amber me despertou e por essa razão dei um pulo no banco. A garota deu risada da situação e eu fiquei envergonhada. Olhei para o vidro da janela para disfarçar e notei que estávamos em frente a minha casa.

- Hum... Obrigada, Freeman! Espero um dia poder retribuir

Quando ia completar minha ação de abrir a porta do carro e finalmente me livrar daquele ambiente que me deixava assustava, a garota puxou meu braço e disse:


- E você pode! - abriu um sorriso

- Okay. E de que forma? - franzi o cenho e me desvincilhei do aperto da garota.

- Me da um beijo, Enid! É só um beijo!


Notas Finais

Próximo capítulo vai ter bastante interação wenclair ;)

Kiss Me - Wenclair [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora