Alexandre Bianchini, o magnata italiano, parece ter tudo o que deseja. Jasmine, por outro lado, carrega o peso dos traumas de uma infância violenta. Apesar das diferenças de nacionalidade e idade, o destino os une de forma intrigante. Disposto a des...
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Ao estacionar o carro em frente a um majestoso edifício de 18 andares, sua arquitetura rústica e os arredores me inundam com lembranças da gigantesca mansão onde eu cresci com meus irmãos. Boas memórias, pena que foram soterradas pelo sangue dos meus pais.
— É aqui?
Interrogo olhando para dentro do prédio.
— Sim, seu apartamento fica no sétimo andar, precisamente o número 12.
— Perfeito.— Destravo o cinto de segurança e abro a porta do veículo.— Vamos!— Fred me olha e sai do carro bufando.
Adentrando o hall de entrada, sua arquitetura é rústica e bastante velha, olho ao redor do lugar vazio e logo de cara me deparo com um senhor do outro lado do balcão folheando um livro.
— Com Licença senhor.— Desperto sua atenção enquanto me aproximo.
— Como posso ajudar os senhores?— Ele pergunta nos olhando de cima a baixo.
— Somos amigos da Jasmine, poderia liberar a nossa entrada?
— Amigos?— Ele da uma pausa nos analisando.
Percebi que talvez tenha sido uma escolha equivocada ter optado por roupas sofisticadas, pois o ambiente é mais discreto do que eu havia previsto.
— A menina Jasmine não tem amigos homens.— Ele fala transparecendo conhecê-la muito bem enquanto me encara.
— O senhor lembra de mim? Eu quem vim aqui na semana passada.
O olho sem compreender essa informação.
— A, menino Fred, Lembro sim— Sorrir aceitando o aperto de mão.— Minha cabeça está uma loucura, me desculpe. — Ele dita fechando o livro.
— Só um instante, irei interfonar agora.
Sempre me intrigo ao fato de que eles se darem tão bem. Jasmine é praticamente uma novata, trabalha há apenas 2 meses e nunca vi ninguém fazer amizades tão rápido com o Fred, digamos que ele um pouco bicho do mato.
— O que você veio fazer aqui na semana passada?
— Vim trazer o casaco, ela esqueceu em minha mesa de trabalho.
Me ponho de frente pra ele.
— E o que ela estava fazendo no seu local de trabalho?
—Tá me estranhando? Eu te conheço a anos, crescemos juntos e sabemos que nossos gostos por mulheres são totalmente distintos um do outro.
Certamente o Fred não é esse tipo de cara. Mas essa desgraçada está me fazendo duvidar até da minha própria sombra.
— Ela só foi me entregar a papelada dos funcionários. Fica tranquilo, não sou de sair e ficar deitando com as mulheres dos outros, ainda mais quando ele é o seu amigo de infância.— Ele vira o rosto e olha para o senhor que segura o telefone no gancho.
