Capítulo 32| Embate

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Eu sabia que ele era sórdido, mas não a ponto de invadir terras de inimigos por causa de uma mulher

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Eu sabia que ele era sórdido, mas não a ponto de invadir terras de inimigos por causa de uma mulher.

Ligo a televisão e coloco nas câmeras. Vejo vários homens com metralhadoras nas mãos, abrindo as portas dos corredores, uma de cada vez.

Enrico se aproxima da porta do quarto silenciosamente.

Aponto minha arma para a porta e abro. Ele levanta sua metralhadora e ergue a mão esquerda.

— Passe a arma!

— Não! — saio e fecho a porta.

Acho que essa é a parte mais assustadora de tudo, saber que Enrico, apesar de todas as mudanças, ainda é alguém capaz de tirar vidas sem pensar duas vezes.

E ele continua o mesmo desde o nosso último encontro.

Seu cabelo está raspado e uma nova tatuagem foi feita em seu crânio.

Seus olhos são idênticos aos da minha mãe, azuis.

As tatuagens em seu corpo, assim como seu corpo musculoso, me demonstram o quanto ele cresceu.

A minha consciência está em conflito. Eu não quero ser como Enrico, não quero ser alguém capaz de tirar uma vida, mesmo que seja para me proteger, mesmo que eu já tenha feito isso antes.

Mas ele, por outro lado, parece não ter empatia alguma.

Será que essa é uma característica inerente à família? Será que a impulsividade e a violência estão em nossos genes? É claro que estão.
Essas são perguntas que eu nunca pensei em fazer antes, mas agora elas rondam minha mente dia e noite.

Sinto uma mistura de raiva e tristeza, mas também uma determinação em não permitir que ele destrua essa casa assim como um dia o meu pai fez.

Sua postura de capo é indescritível, ele pode ser um ótimo don aos olhos de alguns. Mas ele continua sendo aquela criança impulsiva.

— Se você atirar em qualquer pessoa aqui dentro dessa casa, você perde o cargo de don. — o encaro, vendo seus homens abaixarem suas armas assim que me verem.

— Eu sei disso perfeitamente. — afirma, baixando sua arma e alternando seu olhar para a porta do quarto onde eu estava.

— Ela está aí?

— Não. — o olho, vendo o mesmo invadir o quarto, com a arma apontada para o chão.

— Ela não está aqui. — afirmo, vendo-o entrar no banheiro.

Preciso mantê-lo longe da Jasmine.

— Alex, o que está acontecendo? — Jasmine questiona, mexendo na maçaneta da porta.

— É sua esposa? — ele sorri, se aproximando da porta.

— Não mexa aí! — o empurro para longe.

𝐌𝐈𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐁𝐈𝐀𝐍𝐂𝐇𝐈𝐍𝐈   Onde histórias criam vida. Descubra agora