Capítulo 20| Sequestro

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— Ela já está aqui em baixo

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— Ela já está aqui em baixo. — Me desloco silenciosamente para não despertar a morena, que dorme como uma pedra.

— Ok, já estou indo.

Naquele momento, tive uma pequena compreensão da história de vida da Jasmine. Foi ali que entendi por que ela despertava tanta atenção em mim.

Ela é igual a mim.

Seus pais foram negligentes assim como os meus. Assim como ela, também carrego cicatrizes.

Ela ouviu mais gritos de sua mãe do que palavras de conforto e amor durante seu pior momento.
Ao contrário de mim, ela não teve um lar que a ame da maneira certa.

— ME SOLTA! — Sigo os gritos e ouço a voz de Diana se aproximar.
— O QUE ESTÁ ACONTECENDO, FREDERICO? FALA!

Ainda longe, avisto-a sentada em uma cadeira com os braços e pés amarrados com cordas pretas.

— Eu disse para você sedá-la! — me aproximo, deixando-a perplexa.

— Você... — Sussurra, com os olhos arregalados.

— Eu a sedei, mas essa casa fica muito longe do apartamento dela.

— Eu sabia que tinha dedo seu nessa confusão. — Me olha com os olhos semicerrados, como se juntasse as peças e entendesse tudo em um piscar de olhos.

— Esqueci de te avisar, eu havia marcado um encontro nosso, esqueci de te contatar. — Zombo, sentando-me em frente a ela.— Eu não sou o tipo de homem que marca encontros para falar sobre algo para o qual já tenho soluções.

— Você é um louco! Onde está a Jasmine? Seu lunático. — Suspira, tentando se soltar das cordas.

— Fique quieta aí, você não quer saber onde está a Jasmine? Pois vamos ter uma conversa séria. — Olho-a, dando a real.

Ela suspira, olhando para Fred, que sai nos deixando a sós.

— Você vai me matar?

Chora, vendo Fred fechar a porta e ficar escuro, deixando apenas em evidência uma fenda da pequena janela que divide eu e ela.

— Não, não estou pensando nisso agora. Não posso fazer nada que machuque minha esposa. — Falo, vendo-a erguer a sobrancelha e o rosto ficar todo vermelho.

— Onde está a Jasmine? — Suplica, tentando se livrar dos nós das cordas ao redor de seus pulsos.

— Eu vou te contar tudo!

— E a verdade? — Interrompe. — Você também vai contar a verdade?

Sorrio.

— Se você cooperar, com certeza serei honesto com você.

— Então me solte.

Ela realmente acha que estar lidando com um amador? Vai se fuder em seu próprio jogo, e eu faço questão de ver isso.

𝐌𝐈𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐁𝐈𝐀𝐍𝐂𝐇𝐈𝐍𝐈   Onde histórias criam vida. Descubra agora