Capítulo 28| A verdade

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Como se eu estivesse olhando com os olhos de uma terceira pessoa, centenas de flashes invadem minha cabeça, trazendo lembranças de quando eu era apenas uma criança

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Como se eu estivesse olhando com os olhos de uma terceira pessoa, centenas de flashes invadem minha cabeça, trazendo lembranças de quando eu era apenas uma criança. É como se eu fosse outra pessoa que me via de uma perspectiva externa, mas eu era quem estava lá. Eu sofria todos os maltratos, era eu mesma.

Minha cabeça pulsa e flashes de mim em um banheiro minúsculo, dentro de um box, com uma mulher parecida comigo batendo minha cabeça na parede, fazem meu estômago revirar. Seu sorriso tenebroso me incomoda e me faz despertar.

— Vocês se conhecem? — a voz de Alex me faz despertar.

Vejo os dois de costas para mim, e minha única reação é virar a boca para fora e vomitar.

— Jasmine!

Ele segura meu cabelo enquanto eu expulso toda a comida que comi durante o dia.

— Me solta!

Empurro-o e saio tonta da cama, entrando na primeira porta à minha frente.

Por sorte, era o banheiro. Abro a tampa do vaso e vomito o restante, sentindo-me extremamente fraca, mole e tonta.

— Jasmine... — sinto suas mãos nas minhas costas e, se não fosse pela tontura que estou sentindo agora, estaria chutando-o para longe de mim.

Como ele teve a coragem de tirar proveito da minha situação?

— Me larga, Alexandre!

— Calma.

Fecho a tampa e me sento no vaso, me sentindo extremamente fraca.

— Como você está se sentindo?

Olho nos olhos dele, sentindo-me dentro de um vulcão prestes a explodir.

— Fica longe de mim!

— Não é nada do que você pensou ou achou, Jasmine — ele fala aflito.

Possivelmente ele acha que estou chateada com algo que ouvi. Não deve passar pela cabeça dele que minha memória voltou.

— Vamos conversar, não vamos brigar novamente, por favor.

Levanto-me com cuidado, deixando-o apoiado no vaso. Baixo minha cabeça e abro a torneira, limpando alguns resquícios de vômito, respirando cautelosamente para não gritar de ódio.

Ele se levanta e me encara pelo espelho. Tento respirar e manter a calma.

Não posso tomar decisões na hora da raiva.

Eu ainda não entendi por que ele fez isso. Por que ele mentiu para mim?

— Você conhece a Anahí?

Tento me controlar, mas é mais forte do que eu. Seu rosto me enoja.

Levanto meu braço e, quando menos espero, minha mão vai em direção ao rosto dele sem precisão alguma.

— POR QUÊ?

𝐌𝐈𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐁𝐈𝐀𝐍𝐂𝐇𝐈𝐍𝐈   Onde histórias criam vida. Descubra agora