Paradoxalmente
Te conto, amigo
Mas tenha em mente
Que é delirante esse pensamento ambíguoImagine ser humano
E odiar sua perdição substancial
Se jogar ao vício mundano
Sem jamais aceitar o vazio existencialTodos dizem sobre escapar do destino
Mas como eu escaparia do destino
Se as decisões que tomo resultam nele?
Quando fui atado e destinado a ele?Não,
Não é assim
Não me encontro próximo à solução
Não, este não pode ser o fimEntão desejei ser humano e aceitar minha condição
Mas imagine ser humano, sem mergulhar na universal inerência
Preso a dogmas sem fundamentação
Sem questionar sua existênciaSeria demais para mim
Como poderia eu ser ignorante?
Sabendo que agora eu sei o segredo, decodifiquei o latim
Saber é o veneno da mente pensanteSaber saber saber sabia saberia saberá saiba
Eu sei demais.
Questões que tangenciam a alma destinada
A existência e seu propósito fugazEu não deveria saber
Quem me ensinou o latim?
Mas como poderia eu não saber?
Quando eu quem rasguei o véu de cetim!Caí novamente na infinita teia existencial.
E eu voltei ao paradoxo inicial.
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Noites estreladas, oceanos contra rochas
PoetryMinha pobre alma que transbordava dentro dessa casca, então encontrou uma solução, e assim alinhou um amontoado de palavras. "Olá, eu me chamo alma..."