Quando eu olho para as estrelas a reluzir
Ao beiral da janela sob lágrimas turvas
E sussurro inaudivelmente em palavras mudas Chamo-te, podes me ouvir?E quando repito após uma queda
Tu jamais faria isso - em uma voz tão certa
Gosto de pensar que ainda lembras do meu sorriso
Gosto de pensar que ainda mantém intactas nossas conversas e risosE também gosto de pensar que revira as memórias
Em busca daquilo que é irreparável, uma maneira tão predatória
Gosto de pensar que ainda devora da mesma transparência
Aquele véu etéreo que eu venho consumindo todos os dias coberta de imprudênciaGosto de pensar que passas a madrugada ruminando
Sobre o nosso eterno luar
Quando me enrolo nos lençóis que acabo de esticar
Apertando sob meus dedos até que eles se rompamGosto realmente de pensar que permaneci intacta
Na sua mente me incrustei (desesperada)?
Pois assim fizestes na minha
E em todas as vezes que te chamo ao passar do diaLembro-me que é impossível esquecer,
Do que era te amar sem temer
Sem temer a reviravolta do mar
Não temer o abandono continuo
Após juras eternas ao embarcar
E esse é o cru motivo,Que tornaste tão impossível,
Negligenciar o poder de amar
Pois durante o chocar das ondas, pude te abraçar
Ao invés de ser arremessada para afogar-me como produto perecívelAprendi a admirar sua intensidade,
Através do nosso então puro amor
O verdadeiro significado desse sentimento de tamanha ancestralidade
Cujo fora cunhado por tiE somente por ti.
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Noites estreladas, oceanos contra rochas
PoesieMinha pobre alma que transbordava dentro dessa casca, então encontrou uma solução, e assim alinhou um amontoado de palavras. "Olá, eu me chamo alma..."