Olá, vossa graça!

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Cabelos negros pendiam
Como cascata em tua mandíbula
Contra tua pele alva constrastavam
Preservava em si o encanto de uma fábula

Lábios cupido adornavam-te o rosto
Mero aparato por vosso sorriso sobreposto
Ofuscava todo e quaisquer indivíduo presente
Ali constatei-me cegada por tua graça rente

Tornava-me cega à luz do teu sorrir
Inebriava meus sentidos quando ria-se a florir
Ao tocar-me com tuas mãos veludo
Esvaia-me de forças em meio ao urro mudo

Invadia minha mente fatal, não havia escapatória
Domava-me no sentir como fonte constante
Sem possibilidade de fuga, por meses assim fora cortante
Quando peguei-me admirando teu agir meritória

Sorri para ti, estava além
Tu sorriste de volta sem pretenção
Tu não eras minha, sabia bem
Por que adentraste meu coração?

Conclui, degustando, agonizante

Teus olhos jabucatiba
-combinam com teu cabelo,
Não-minha minha amada,
Disse assim, em minha mente novelo

Tu eras magnífica rosa, embora tão dolorosamente distante

-Olá, sou o amor, em uma de suas faces, embora jamais souberas disto!

Noites estreladas, oceanos contra rochasOnde histórias criam vida. Descubra agora