Carta aberta à morte

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Senhorita morte,
Tão bela em tuas curvas
Ir a teu encontro é evento de sorte
Tua palidez que jamais te deturpas

Teus ossos tão brancos a cintilar
À aqueles que assustam-se, não podem compreender
A beleza esguia que carrega ao caminhar
Com teu manto negro a reluzir no escurecer

Esgueira-se entre a multidão
Aqueles com sua ignorância, que não te interessa
E avança até os seus com exatidão

Me presenteia com teu doce amor
E me prenda em teu abraço sem pressa
Assim, leve-me até nosso lar

Com melancólica saudosidade,
                                                    Tua amante

Noites estreladas, oceanos contra rochasOnde histórias criam vida. Descubra agora