E já não era mais,
Porque a tinta que descascava,
Descascava da parede velha,
Para mim, era demais.Porque as janelas que tremiam,
Mais velhas que o tempo,
Com a água que escorria,
Era como a tempestade que ocorria dentro.A porta antiga que rangia,
Entalhada na velha madeira,
Uma singela palmeira.
Sorridente, de um passado que já não existia.O armário que mofava,
Resmungava em piedade,
E o musgo que no chão se espalhava,
Lembrava-te que jazia ali um sonho perdido em sua infidelidade.Corriam-lhe o tempo,
Os ponteiros,
A vida.Em homenagem à melancolia da minha sofrida avó,
Deixo estas palavras toscas.
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Noites estreladas, oceanos contra rochas
PoetryMinha pobre alma que transbordava dentro dessa casca, então encontrou uma solução, e assim alinhou um amontoado de palavras. "Olá, eu me chamo alma..."