I - Carta aberta ao meu amor

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Vossa senhorita caveira,
Da pele pálida
Canto-lhe caso tu me queira
Nesta madrugada de luz cálida

Cara senhorita caveira,
Com tua vasta cabeleira
Encarou-me a alma com teu vazio olhar
É a ti que dedico estas palavras, ao me debruçar

Garota caveira,
Perdeu-se em um sonho
Entrou na clareira
O destino fora irônico

Teu corpo macabro
Perdida em tua graça de putrefação
Deixou-me atordoado

Queria tu uma última dança?
Sentindo teu consumido coração
Nesse precipício que jamais alcança

Noites estreladas, oceanos contra rochasOnde histórias criam vida. Descubra agora