remedies for anxiety

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CAMI POV

Hoje tirei a noite para sair com as meninas, Mads, Vanessa e Lili, fomos ao cinema, assistimos um filme mais ou menos e enchi meu rabo de porcaria.

Estou muito ansiosa com toda essa coisa do suposto não bebê de Kage, ele jura que não é dele e eu acredito é claro ou já teria dado um pé na bunda dele, mas mesmo assim ainda tem toda a pressão externa, mídia, paparazzi, pessoas na rua. É bem difícil ser famosa quando sua vida não para de ser vasculhada e exposta.

Alguns fãs pedem foto na saída do cinema, fico tensa com a possibilidade de perguntas que não quero responder ou algum comentário desnecessário, sempre tem um que acha que tem graça. Mas dessa vez nada acontece e quando as 3 meninas se afastam solto um suspiro de alívio.

- Ei, vamos comer alguma coisa? - Vanessa sugere.

- Estou cheia, vou pra casa - nego o convite - não aguento comer mais nada.

- Tem certeza? Ainda é cedo pra ir embora ... vamos, Cami - Mads faz sua vozinha de pidona.

- Vou pra casa, vadias - abraço Vanessa e aperto até ela reclamar - todo esse doce me deixou com preguiça.

- Ela não é mais feliz com a gente - Lili faz bico, dou uma risada sincera e solto Vanessa pra abraçar a loira - fazer o que né?! Vai pedir uber ou ir andando?

- Uber é claro - reviro os olhos - não tem noção de frio não, querida?

Pego meu aparelho do bolso, estranho que não tem nenhuma mensagem de Kage, mas ignoro isso e vou direto para meu aplicativo onde solicito um carro enquanto as meninas tagarelam sobre onde ir. Não demora muito até eu estar no calor do carro, abraçada ao meu casaco louca pra chegar em casa. Kage não deu sinal de vida e isso antes nunca me deixou apreensiva, mas agora estou me controlando para não começar a ligar porque se fizer isso e ele não atender é bem capaz que o motorista tenha que parar em algum hospital.

Tudo parece lento, o motorista, os semáforos, o elevador, até a fechadura da porta que não quer reconhecer minha digital de jeito nenhum. Me afasto e olho o número na porta pra ter certeza que não errei, estou no lugar certo e então tento mais uma vez.

- Abre, caralho - a porta finalmente apita e destrava empurro com força demais - eita.

- Porra ... ai saco - olho direto para Kage parado no meio da sala só de toalha, cabelos molhados e os olhos arregalados - não avisou que estava voltando.

- Você não me mandou nada, pensei que não tava em casa - dou de ombros - porque está no escuro?

- Não é escuro ... tem velas - ele aponta a mesa de de centro e vejo uma vela grossa curta acesa - tem mais ... estragou minha surpresa - suspira alto.

- Ah baby - fecho a porta que começou a apitar - desculpa. Estava ansiosa pra vir embora.

- Não se divertiu?

- Sim ... foi legal. Mas queria minha casa. Algum problema?

- Só que me pegou no pulo - Kage está perto o suficiente para segurar meus braços e me puxar, peito com peito - queria ser romântico.

- É?

- Uhum.

- Porque?

- Precisa de motivo?

- Não.

- Mas ... eu sei que está chateda com ... sabe ... tudo que está acontecendo.

- Estou tentando não ficar muito chateada, mas ouvi tanta coisa que ... acabei ficando um pouco contaminada.

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