After

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CAMI POV

6 ANOS DEPOIS

O sol de Los Angeles é delicioso depois de um longo inverno em NY. Fiquei toda a estação por lá enquanto eu trabalhava emi9uoghc um novo filme, então é maravilhoso estar em casa. As vezes eu sinto muita saudade dos meus antigos colegas de elenco, da união e energia que tinha no set de Riverdale.  Claro que todo trabalho é incrível e trás com ele experiências importantes,  mas o set em si é muito diferente principalmente pelo tempo de convivência. Boa parte daqueles colegas viraram grandes amigos, literalmente pessoas da minha família que eu não posso ficar muito tempo sem ver ou sinto uma saudade absurda.

Estar em LA também me deixa mais próxima dessa minha grande família feita por amor e afinidades. 

Mas a melhor parte de estar em casa é a tranquilidade de voltar a rotina, é assim que eu consigo um tempo para sentar e tomar uma xícara de café com leite, como agora, olhar fofocas na internet, responder mensagens e olhar minha agenda. Ah uma agenda livre por vários dias, que sabor maravilhoso!

Truffle, late parada na porta da sala, ela se agita e balança o rabo com latidos baixos quase um choro.

- O que é? Vem aqui - chamo, mas ela não se move - já coloquei comida e água,  já te soltei na grama ... o que foi?

Ela da um latido mais fraco e então eu posso ver o motivo, sobre o braço do sofá posso ver uma cabeleira loira se aproximando, pés descalços contra o piso e uma risadinha animada.  Tomo meu último gole de café com leite e coloco a xícara de lado ao mesmo tempo que o mini ser humano entra no meu campo de visão total.

- Bom dia, meu amor. Cadê sua roupa? - é claro que ele está pelado e correndo pela sala - Sasha.

- Tirou ... tava xuja.

- Suja do que?

- Escovando o dente - explica em seu jeito infantil enquanto corre em círculos.

- Ah claro  ... dá um beijo de bom dia - e então ele pula em cima de mim como uma bola de canhão  - cadê o papai?

- Cagando.

- Sempre.

- Papai cagão - aperto Sasha e beijo seu pescocinho cheiroso e seus cabelos loiros - papai fez um cocozão.

- Tá bom.

Quem olha esse anjinho loiro nem imagina todas as coisas que saem da boca dele. Sasha, me aperta com toda força antes de me soltar e olhar bem fundo nos meus olhos.

- Eu te amo, mamãe - seus olhos verdes são encantadores e doces - meu pinto fica grande.

- Sasha, mamãe já não disse pra parar de falar de pinto?

- Tô com fome.

- Ok, vamos subir e colocar uma roupa e depois você pode comer. Pode ser?

- Pode.

Seguro sua pequena mão quente e gordinha e o levo para escada. Sasha sobe cada degrau com um pulo e yma risada, seus cabelos loiros batem para lá e para cá,  estão na altura dos ombros e ao mesmo tempo que precisam de um corte eu também não tenho coragem de levar para cortar e acabar com um corte horrendo e muito curto, minha mãe diria que só estou fazendo drama porque tenho um filho loiro. Não é isso, mas ele ainda tem cara de bebê e se cortar pode ser que vire um rapaz de 17 anos, não estou preparada.

Quando chego ao último degrau mais parece que estou dando choque, o menino solta minha mão e sai em disparada pelo corredor gritando a música de abertura da Patrulha Canina.

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