○Capítulo12●

767 100 27
                                    

Meliodas: você fica aqui, quietinha.

S/n: você realmente está se esquecendo de como eu sou. Acha mesmo que vai mandar em mim?

Ia passar por ele e ir até os outros, que já estavam lutando contra o gigante de carne, mas segurou meu braço.

Meliodas: sou seu capitão!

S/n: é dos pecados, dos sete pecados. Eu não lhe devo obediência nenhuma, nunca devi e antes deles você nunca me cobrou.

Ban: a dr não pode ser depois? tô precisando de uma mãozinha.

S/n: pode ser uma flecha?- soltei meu braço e peguei o arco, acertando o meio de seu peito, fazendo um raio prender e apertar o grande corpo vermelho inteiro.

Enquanto a flecha cortava o corpo, suas memorias foram entrando em minha mente. Os outros iriam aproveitar e o atacar, mas não deixei, depois de tudo que vi decidi que pelo menos seu fim deveria ser feliz, depois de todo aquele sofrimento que o forçaram a passar.

Fiz o homem se lembrar de seus filhos e fui destruindo o corpo sem causar dor, pouquinho a pouquinho e os pedaços que caiam iam sendo queimados pelo fogo do purgatório. Quando deu finalmente seu ultimo suspiro eu voltei a mim, percebendo que o corpo tinha caído bem nos meus pés. Apenas retirei minha flecha dele e fui em direção a taberna.

Apenas entrei e fui correndo pro meu quarto, sem falar uma palavra. Elizabeth até tentou me parar na escada, mas dei a volta por ela. Tranquei a porta assim que passei e fui até a caixa debaixo da minha cama, comecei a procurar a foto em que tinha visto aquela criatura vermelha.

Eu senti uma vontade tão grande de destruir aquilo, maior do que qualquer coisa que já senti. Aquele cheiro do sangue era diferente de humano... e quando finalmente morreu eu senti uma gratificação maior que tudo, uma alegria como se tivesse protegido mil inocentes. Como se fosse certo, mas era só um homem, com família, filhos...

Foi muito difícil controlar meu instinto e não o causar uma dor maior que o necessário.

Não achei nenhuma foto da figura, mas eu tinha certeza que o reconhecia de algum lugar e se não é daqui... de onde?

Ban: que negocio velho todo é esse?- falou me dando um susto.

S/n: como que você entrou? Eu tranquei a porta.

Ban: sou um ladrão... então...

S/n: fotos velhas, nada de mais.- comecei a guardar tudo no lugar.

Ban: tão te chamando pra comer.- saiu do quarto, mas voltou em seguida- anda garota!

S/n: já vou!

Ban: tenho dia todo não. Tô com fome.

S/n: e nasceu grudado em mim pra precisar da minha boca pra comer?- falei me levantando do chão e indo atrás dele.

Ban: anda logo!... chata!

S/n: insuportável!- ele deu um sorrisinho que não me deu ódio, mas algo parecido.

Quando cheguei no pé da escada vi a porta aberta e todos do lado de fora, parecendo felizes por reencontrar o Gowther. Peguei uma bebida e fui me sentar perto do Hawk escutando as historias que eles contavam sobre o passado, relembrando segredos escondidos nas memorias.

Pelo que vejo nenhum deles mudou nada, menos Meliodas, ele parece muito mais infeliz do meu lado do que quando tinha os amigos.

Meliodas: chega! Todos temos coisas a esconder.

Gowther: e você capitão... Tem um passado com a s/n que literalmente prende, nem eu consigo ver.

S/n: bom, eu e você somos irmãos, faz sentido seu poder ser também invadir a mente.

O Vermelho Das Tulipas - NNTOnde histórias criam vida. Descubra agora