Três meses depois.
— Eu 'tava tão animado para as férias, puta merda.– Gustavo diz, passando o perfume.
— Eu também!– Duda diz, animada.– Vai ser muito gostoso ficarmos tranquilos, juntos.
— Vamo viajar, né, vida?– Meu melhor amigo olha para sua namorada.
— Óbvio!– Duda responde, e dela seus lábios.
— Me poupe, porque eu estou aqui.– Brinco, rindo.
— Seu namoradinho já está chegando, Isa.– Gustavo zomba de mim.
— Ele não é meu namorado.– Digo, ajeitando meu curto vestido branco.
Hoje vai ter a festa de fim de ano com o elenco e a equipe inteira. As mulheres vão de branco, e os homens de preto.
Quer dizer, a equipe Corinthiana, e o Mike, Lucca e o Caio. Que claramente vão de penetra.
Minha vida tem se ajeitado muito. E Du se ajeitando na minha vida principalmente.
— Demorei, mais cheguei.– Eduardo anuncia, entrando no quarto.
— Demorou mais que noiva, hein, preto.
— Reclama não, morena.– O jogador me dá um beijo na bochecha.
— Gravata normal ou borboleta?– Lucca questiona, aparecendo na porta do quarto.
— Borboleta– Respondo.– Dá um arzinho de cafajeste do jeito que você é.
— Eu estou usando gravata borboleta.– Queiroz franze as sobrancelhas.
— É que você tem uma carinha de cafajeste, amor.– Apoio minha mão em seu ombro.
— Eu não tenho cara de cafajeste.
— Tem sim.– Dizemos todos em um unisso. Até Caio que estava passando pelo corredor fala com a gente.
— 'Tá legal, mas eu sou o último romântico.– Ele diz, convencido, e sela nossos lábios.
(...)
— Oi, pai!– Abraço meu pai, quando chegamos todos ao grande e lindo salão.
— Tudo certo, filhota?
— Sim!
— Ainda não acredito que você trouxe seu amigo atleticano e flamenguistas!– Minha mãe diz, rindo.
— Ah, tia, cê sabe, né?– Lucca diz, sorrindo.– Ela não vive sem a gente.– Todos rimos.
— Tudo bem, mãe?– Dou um abraço na mais velha.
— Tudo certo, princesa.
— Aproveitem a festa.– Meu pai diz simpático, e dá dois tapinhas no ombro de Queiroz, que retribui com um sorriso.
— Eai, irmão!– Guedes sorri para Queiroz.
— Eai, cachorro.
— Tudo bem, Roger?– Dou um abraço no camisa 123.
— Tudo ótimo, Isa.
— Parabéns pelo ano aqui, viu!– Ele sorri de orelha a orelha.
— Oi, Sindy!– Abraço a loira.
— Oi, Isabelle!
— Eu vou pegar algo para beber.– Duda diz.
— Eu também vou.– Sigo minha amiga até bar.
— Me vê um copo de whiskey, por favor.– Ela pede, e logo recebe seu copo.
— Eu quero uma água com gás!– Peço e logo recebo a mesma.
— Isa?– Ouço uma voz me chamar e me viro.
— Lucas?!
— A gente pode conversar?– Ele pede, e eu olho brevemente para minha melhor amiga.
— Podemos.
— É... eu vou lá com o Gustavo.– Ela diz, e sai depressa.
— Pode falar.– Apoio meu braço no balcão do bar.
— Eu nem sei como começar isso.– Piton apoia suas costas no balcão.– Isa, de verdade, eu fiz muito merda esse ano.– Ele vira o rosto para mim.
— É, você fez.
— Mas eu me arrependi mesmo. E eu sinto muito a sua falta.
— Você é complicado.– Cruzo meus braços em cima do balcão.
— Eu sei que sou. Mas eu sei que estava errado. Me perdoa, Isa, por favor.– Ele apoia os braços no balcão, como eu.
— O que me garante que você está arrependido?
— Minha palavra.– Ele apoia o queixo nos braços, e eu faço o mesmo, fazendo nossos cotovelos se encostarem.
— Para de fazer essa cara de cachorro abandonado.
— Mas eu meio que sou.– Ele diz, fazendo eu dar risada.
— Puta merda, Lucas!
— Não 'tô dizendo que você precisa colocar o braço entre as pernas e sair confiando em mim. Estou pedindo uma abertura.
— E você sabe que eu vou te dar uma chance.
— Sério?!– Ele sorri, erguendo o corpo.
— Mas, Lucas, não vacila. Se não eu vou te dar um carrinho tão grande que você vai quebrar as pernas!– Aponto meu dedo para ele, e Piton assente sorrindo.
— Pode deixar, casca grossa.– Entre me envolve em um abraço apertado, e eu dou risada.– Você me adora.
— Você é insuportável.– Digo com ironia.
— Ele está te incomodando, Isa?– Queiroz chega com os braços cruzados.
— Eai, Queiroz.– Piton diz amigável.
— Está tudo bem sim, Du. Ele só estava conversando comigo.
— A gente pode conversar, Du?– Lucas pede.
— 'Pra você é Queiroz.– O jogador ao meu lado diz, rígido. Então, eu começo acariciar as costas desse meu marrento.
— Tudo certo, Queiroz. Podemos?
— Por que?!
— Eu só quero resolver tudo.
— Eu não vou ser seu amiguinho.
— E eu não estou dizendo para ser, e muito menos para aceitar minhas desculpas.
— Então por que quer falar comigo?
— Porque eu sei que nessa história eu errei muito.
— Não custa nada ouvir, Du.– Quero meu silêncio, colocando minha mão em seu braço como um incentivo.
Ele me olha nos olhos, praticamente falando comigo.
E eu só sibilo um por favor.
Eduardo suspira fundo, e diz:
— Tudo bem, vamos logo.
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Canção de Exaltasamba.- Du Queiroz
FanfictionOnde a filha de Duílio manda uma mensagem para o cria do terrão, avisando sobre o trote que o mesmo receberia de seus colegas ao entrar no profissional. Por mais que essa fosse uma tradição do time, ela sentiu que deveria avisar o novato. Mas ele nã...