Onde a filha de Duílio manda uma mensagem para o cria do terrão, avisando sobre o trote que o mesmo receberia de seus colegas ao entrar no profissional. Por mais que essa fosse uma tradição do time, ela sentiu que deveria avisar o novato. Mas ele nã...
— Pode falar, meu amor.– Meu pai diz, e coloca sua mão por cima das minhas que tremiam.
— Aí, pai... é complicado.
— Eu estou aqui, tudo bem?
— Tá...– Suspiro fundo.– É bem sério, e eu preciso que você fique calmo.
— Você sabe que eu vou ficar calmo, meu amorzinho.
— Então, você lembra todas as vezes que você perguntou se estava tudo bem, e como a mamãe estava em relação a bebida?
— Lembro, claro.
— Ela não está bem, eu não estou bem, não está nada bem.
— Como assim?!
— Eu não quis te falar nada, para você não ficar mal. Mas ela está bebendo, bebendo tanto que parece que ela vai transbordar. A Luana não faz nada, e eu preciso cuidar dela.
— Belle, por que você não me falou?! Você sabe que eu sempre vou estar aqui com você.
— Pai.– Levanto a manga do meu moletom, deixando meu braço direito visível. Deixando meus hematomas visíveis.– Ela fez isso.
— O que?!– Meu pai diz em êxtase, mas me puxa para seus braços.– Meu amor, eu sinto muito mesmo. Você não merece isso.
— Eu sei.– Mormuro, me permitindo chorar nos braços do meu pai.– Eu te amo.
— Eu te amo tanto, meu bebê.
— E agora?
— Sua mãe vai para a reabilitação.– Meu pai diz, com a voz por um fio.
— Eu posso ir morar com meus amigos, em uma casa da agência, para um projeto?– Digo, ainda chorosa.
— Por que você está me pedindo, meu amor?!– Meu pai dá uma risada.
— Porque eu não quero de deixar sozinho.
— Eu não vou estar sozinho, a Luana vai estar aqui.
— Eu não quero te deixar sozinho.– Faço uma careta, e meu pai gargalha.
— Para de ser boba.– Meu pai me dá um tapinha na cabeça.
— Ou– Levanto meu corpo, animada, para olhar o mais velho.– Eu to ganhando igual jogador agora.– Meu pai dá risada.
— Parabéns, bobona.– Ele bagunça meu cabelo, e eu resmungo.
(...)
Um mês depois.
Prendo meu cabelo em um coque desajeitado, enquanto Duda se senta em minha cama, ligando o ar-condicionado, e Gustavo fechando a minha última caixa.
— Se mudar da trabalho, hein.– Digo, cansada.
— Nunca mais ajudo vocês.– Gustavo diz, se sentando ao lado da minha melhor amiga, e eu me sento no carpete.
— Você sabe que vai.– Duda diz, rindo.
Ontem foi o dia de guardar as coisas da Duda, e levar para o caminhão levar até a casa.
Hoje foi minha vez.
E Gustavo estava nos dois dias
— Ainda precisamos organizar as coisas lá, Guga.– Digo, batendo em uma das caixas.
— Que merda, hein.– Ele bate as costas no colchão.
— Agora podemos dormir?– Duda choraminga.
Olho para meu Apple Watch que marca três da manhã, e volto meu olhar pra a loira.
— Vamos, por favor.– Digo subindo na minha cama, me juntando a eles.– Temos que acordar às oito, o caminhão de mudança vai chegar aqui às nove, e precisamos estar lá às dez.
— Oxi.– Gustavo franze o cenho.– E nós três vamos dormir nessa cama?!
— Essa cama deve caber cinco pessoas, Gustavo.– Duda diz como se fosse óbvio.
— Mas você duas ficam chutando mais que recém-nascido na barriga da mãe.
— Se você quiser pegar O colchão inflável lá no sótão...– Digo ao meu melhor amigo, que morre de medo de subir lá em cima.
— Deus me livre, guarde. O que é uma dorzinha, né?
Então nos arrumamos para dormir, deitamos na cama, e tenho certeza que não demora nada para eu cair no sono.
(...)
Me sinto acordar quando alguém se mexe na cama.
Resmungo, porra, eu acordei antes do horário, né?
Quer apostar quando que faltam dez minutos para o despertador tocar.
Abro meus olhos, e estico a mão pegando meu celular.
Quando eu olho a hora me sento de pressa na cama.
— São nove e quinze!
— O que?!– Duda e Gustavo dizem, se sentando em um pulo.
— Ué.– Duda diz com a voz rouca, e franzindo o cenho.– Cadê as caixas.
— Eu levei para o caminhão.– Meu pai diz, entrando no quarto, abrindo mais a porta que já estava entreaberta.
— Como eu te amo, senhor Duílio!– Digo.
— Eu também te amo.– Meu pai ri.– Agora vão se arrumar e tomar café, porque já já vocês precisam estar lá. E você Gustavo, tem treino.– Meu pai diz, e aproveita para tirar uma com nossa cara.
— Sim, chefe!– Gustavo diz, nos fazendo rir.
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Eu queria anunciar que eu tenho dois trabalhos pra entregar essa semana, semana que vem começa minhas semana de provas, sexta e sábado vou sair com meus amigos, e domingo e dia de jogo.
Se eu sumir vocês já sabem o porque, e onde me procurar KKKKKKKK SOCORRO
