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— Isa?– Paro de andar quando vejo a garota ao meu lado pálida.– Cê tá bem, morena?– Toco no ombro dela.

E ela nem me responde. A única coisa que acontece, são as pernas de Isabelle desmoronarem.

Antes que ela caia no chão, eu a seguro.

— Puta merda.– Digo, preocupado.

A pego no colo, e a levo para o carro às pressas.

Entro no carro, e dirigo rápido para minha casa.

Eu não sei o que fazer. Meu Deus, eu vou morrer do coração.

Chego no meu prédio, e estaciono o carro na minha vaga.

Eu pego ela colo de novo, e entro no elevador.

Aperto o botão para o andar décimo sexto, e durante do trajeto, resto de mim jeitos diferentes para ninguém entrar no elevador, ou para que o guardinha esteja dormindo como sempre, para barro ver essa cena na câmera.

Não é muito convidativa, vamos combinar. Quando chegamos ao meu andar, eu tiro as chaves do meu bolso com cuidado, e abro a porta de casa.

Entro em casa, e a coloco em minha cama.

— Puta merda, o que eu faço?!

Então decido pegar um copo d'água. Coloco ele na mesinha do lado da mesa, molho minha mão, e jogo água no rosto e no pescoço dela.

A Isabelle começa a apertar os olhos, e eu jogo mais um pouco de água em seu rosto, por ver que está dando certo.

— O que aconteceu?– Isabelle mormura, abrindo seus olhos.

— Você está se sentindo bem?!

— Só 'tô um pouco zonza.– Ela se senta na cama com cuidado.

— Você estava com calor? A conversa com sua mãe foi ruim?

— Não e não.

— Você comeu?– Questiono, colocando minha mão em sua coxa, e ela morde a boca, como se não quisesse me responder.– Isabelle, você comeu?

— Eu juro que eu ia comer alguma fruta quando chegasse em casa, sei lá.

— Você tinha me dito que comeu.– Vou em seu lado, e a coloco entre minhas pernas, e a garota encosta a cabeça em meu peito.

— É complicado.

— É só pegar uma comida, mastigar e engolir.– Digo, e ela dá risada.

— Você não entende.

— Vem com essa não, morena. Qual foi a última vez que você comeu?

— Me dá um beijo, preto.– Ela inclina o rosto, olhando para mim.

— Isabelle, para de fugir do assunto. Fala logo.

— Ontem a tarde, eu acho.

— Oi?! Você ficou maluca? Por que?!

— Eu sou modelo, Du! Eu vou ter desfile!

— Para!– Eu me levanto da cama.– Você não pode fazer isso! Pelo amor de Deus. Você não precisa disso, Isabelle. Eu vou fazer alguma coisa 'pra você comer.– Me ajoelho, e toco na perna dela.

— Desculpa.

— Você não precisa de desculpar. Não comigo, e sim com você. Vem, vou fazer algo 'pra você comer.– Estendo minha mão, e ela a segura.

Isabelle se levanta e vamos até a cozinha.
Ela se senta na banqueta em frente ao balcão, enquanto eu vasculho a geladeira.

Tiro de lá de dentro várias coisas, e faço um puta de um lanche.

Coloco um prato com um misto quente a sua frente, um suco de laranja, uma salada de frutas e um omelete.

— Você quer que eu coma tudo isso?!– Franzi o cenho.

— Você ainda está pálida.– Dou de ombros.

— 'Tá bom.– Ela Mormuro, e pega o pão, começando a comer.

— Morena, por que você não 'tava comendo?

— Eu já te disse.– Ela toma um gole do suco.

— Quem colocou essa ideia em sua cabeça?

— Que?!

— Alguém te induziu a isso? falou algo de você?

— Induzir, induzir é uma palavra muito forte. Mas meu agente disse que eu precisava fazer uma dieta para o desfile.

— Dieta, morena. Não isso.

— Dieta de modelo, preto.

— Morena– Vou até seu lado, e ela me olha ainda mastigando.– Por favor, não faz mais isso. Por favor. Você não merece isso.

— Eu não vou fazer isso.– Ela me olha nos olhos.

— Me promete.– Digo, fazendo uma súplica.

— Eu prometo, Du. Prometo por você.

Abro um sorriso.

"Prometo por você."

— Me dá um beijo, morena.– Digo, ainda sorrindo.

— Mas eu estava comendo.– Ela dá risada.

— Eu não ligo.– Sussuro, colocando minhas mãos em sua nuca.

Eu me aproximo de Isabelle, e dou um beijo nela.

Canção de Exaltasamba.- Du QueirozOnde histórias criam vida. Descubra agora