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— Vai, Isabelle, levanta daí! Precisamos terminar a prova da roupas.– Meu empresário diz.

— Calma, Dante, porra.– Digo com as mãos em minha cabeça, respirando fundo.– Eu tô meio fraca.

— Como se fosse a primeira vez que você fica sem comer, né?– Dante revira os olhos.

— Mas tem tempo que eu não fazia isso.

— Toma aqui.– Ele me dá uma garrafinha de água.– Toma um pouco.

— Foi mal.– Digo depois de tomar um pouco de água.

Realmente, fazia muito tempo que eu não precisava fazer isso.

Mas agora eu vou voltar a desfilar, e está chegando. Eu sabia que não estava com o corpo adequado para o desfile.

Tinha certeza.

— Vem.– O loiro ergue a mão, eu a seguro, e ele me levanta.

Eu volto para o meio das costureiras, e ela começam de novo a apertar a roupa que eu vou usar.

— Ai!– Digo após ser furada.– Foi mal.

— 'Tá acabando.– Ela diz, com calma.

Então, depois de vinte minutos, a costureira anuncia que acabou.

Eu visto minha regata, e minha calça de moletom de novo, e ponho meus tênis.

— Quer dirigir 'pra mim, Dante? Eu não sei se consigo.

— Desculpa, darling! Mas tenho um encontro, e eu vim com eu carro. Para de bobagem, cadê a menina forte que você sempre foi.– Ele beija o topo da minha cabeça, e eu faço careta.

Depois de me despedir de Dante, e tomar mais uns três copos de água, eu fui para o estacionamento, e entrei em meu carro.

Coloquei meu cinto, e grudei minha cabeça no banco.

Estava pronta para dirigir até minha casa, quando ouço meu telefone tocar.

Pego ele, e vejo "pai" no chamador, então eu atendo a ligação.

— Oi, pai, tudo bem?

— Oi, amorzinho! Estou bem, então, você vai passar aqui no ct, né?

— Aí– Levo minha mão a cabeça.– Eu esqueci.

— Você pode vir agora? Preciso... de um favor seu.

— Tudo bem, estou indo.

— Obrigado, filhota. Beijo, te amo.

— Também te amo, papai.

Desligo, e aí eu dou partida no carro. Pelo caminho, eu escuto Matuê, com a mente totalmente vazia.

Quando eu chego, eu deixo meu carro no estacionamento, e saio dele.

Sigo até a sala do meu pai aqui no centro de treinamento, e entro.

— Eae, pai!– Dou um sorriso e dou um abraço apertado no mais velho.

— Que saudade, Belle! Não sabia que estava incluído esquecer do seu velho.– Meu pai dramatiza a situação, e eu gargalho, me sentando em sua frente.

— Para de drama, vai. O que o senhor queria?

— Então... é meio chato.

— Pode falar.

— 'Tá vendo isso?– O mais velho aponta para o monte de papéis em sua mesa.

— Estou.

— Eu estou preso aqui, preciso resolver essas papeladas. E sua irmã está viajando.

— Onde 'cê quer chegar?– Franzi o cenho, confusa.

— Hoje é o dia de visita da sua mãe.

— E...– Questiono, apertando minhas mãos.

— Ela não pode ficar sem as visitas. Ela está tentando melhorar, para seguir ela precisa ver a família. E sinceramente, acho importante ela te ver.

E derrepende, eu estou tonta de novo.

E fraca.

Minha visão fica um pouco turva. Então, eu aperto meus olhos, e abaixo a cabeça, a apoiando na minha mão. Tentando voltar ao meu normal.

— Filhota, está tudo bem?– Ouço sua voz distante.

— Sim. Espera aí.– Mormuro.– Eu vou.– Digo, na mesma posição.

Então, alguém bate na porta.

— Pode entrar.

— Senhor – Ouço a voz do Eduardo.– O Sylvinho está te chamando no campo de treinamento.

— Estou indo – Ouço meu pai se levantar.– Ah, filha, por que não chama o seu amigo se não quiser ir sozinha?– Ele diz antes de sair, e eu levanto minha cabeça.

— Tá bom, pai. Obrigada.

— Se precisar de mim, me liga.– O mais velho dá um beijo no topo da minha cabeça e saí.

— Eai– Viro minha cabeça para trás, e vejo Queiroz com os braços cruzados, sorrindo.

— Não sabia que você ia estar aqui.– Ele diz adentrando a sala, e se apoia na mesa, ficando de frente para mim.

— Nem eu sabia.

— 'Cê tá bem? Tá meio pálida, toda murchinha.

— Está me chamando de feia?!– Digo com humor.

— Não!– Ele ri.– Você é linda– O jogador se inclina, e sela nossos lábios.– Eu só me preocupo com você.– Ele não afasta seu rosto do meu.– O que seu pai disse 'pra você me chamar?

— Eu preciso visitar minha mãe no centro de reabilitação.

— Então, vamos.– Ele olha para o relógio em seu pulso.– Tem horário de visita, não é?

— Eu não quero.– Resmungo.

— Bora!– O garoto me levanta.– Vamo, que eu preciso comer, estou morrendo de fome. Vamos comer aonde?– Andamos pelo corredor.

— Eu não vou querer comer.– Ele passa seu braço por meus ombros.

— Oxi, por quê?!

— Eu comi agora pouco com o Dante.

— Que falsa, mano!– Ele faz drama e eu rio.– Comeu o que?

— Humm, yakisoba!

— Nossa, logo vou lembrar disso, tá. Dá aí a chave, eu dirigo.– Eduardo diz, quando chegamos em meu Mustang.

– Eduardo diz, quando chegamos em meu Mustang

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Agora o bagulho vai ficar doido tá...

Aaai, adivinha quem veio com o boletim azuuull!

Canção de Exaltasamba.- Du QueirozOnde histórias criam vida. Descubra agora