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Acordo quando ouço o celular de Isabelle tocar.

Ela resmunga e eu passo meu braço pela sua cintura.

— Desliga o telefone, preto.– Isabelle mormura, apoiando seu rosto no meu peito nu.

— O celular está do seu lado, morena.– Rio, enquanto deslizo minha mão por suas costas.

— Preto...– Ela diz, manhosa, como se soasse um gemido.

Então eu pigarreio.

Coloco a cabeça da garota no travesseiro, e me levanto. Automaticamente, eu olho para baixo, já observando meu volume no shorts.

Vou até o lado que o celular dela está, e vejo o chamador, que aponta o nome "Luana".

— É a sua irmã.

— Oi?!– A garota se senta rapidamente na cama.

— Vai atender?

— Dá aí.– Ela pede o celular, e eu entrego.— O que foi, Luana?!– Isabelle põe o telefone no viva-voz.

Não digo nada, mas me surpreendo por ela confiar em mim ao ponto de poder ouvir o que a irmã inesperada dela pode dizer.

— Que saudade, irmãzinha!– Luana diz, e Isabelle faz careta.

— Fala logo, Luana.

— Eu não ia falar nada, mas já que você está insistindo... eu vi que o Gustavo pintou o cabelo.

— Pintou é?!– A morena franziu o cenho.

— É, ele fez luzes e ficou um gatinho. Arranja ele 'pra mim!– Luana diz, e eu tapo a boca para não rir.

— Tchau, Luana!– Isabelle desliga o telefone.– Eu não acredito que ela me acordou para isso.

— Eu achei engraçadinha.– Dou risada, levando as mãos a minha cintura.

— Sabia que não 'tá legalizado, né?

— Oxi– Franzi o cenho.– O que?

— Ficar andando armado por aí.– Ela aponta o dedo para meu shorts, rindo. Rindo não, gargalhando.

— Acordou palhaça hoje, né?– Puxo os pés dela, a arrastando até a ponta da cama, e ela continua a rir.

Por ela ter sido arrastada, minha camiseta que ela estava usando acaba subindo e ficando embolada.

Revelando boa parte do seu corpo. De suas pernas desnudas, a calcinha preta que ela está usando e de sua barriga.

A morena flexiona as pernas de cada lado, enquanto se recupera da sua crise de riso.

Eu me inclino, e selo nossos lábios. Logo passo a dar beijos em sua barriga, deslizando minhas mãos sobre a sua cintura.

— Você é uma gostosa.– Digo contra sua pele macia.

Eu estava pronto para descer os beijos, mas nos erguemos quando ouvimos o barulho de algo quebrando.

Nós nos levantamos, preocupados, e saímos depressa do quarto.

Quando saímos do quarto damos de cara com a Duda e o Mantuan saindo do quarto preocupados também.

— Quebrei o prato.– Caio diz, segurando o riso.– Vocês podiam disfarçar pelo menos, não é?

— Disfarçar o que?!– Isa franze o cenho.

— Caralhou, que orgia é essa?– Lucca diz, saindo do seu quarto.

— Do que 'cê tá falando?– Duda questiona.

— Porra– Lucca ri.– Você e a Isabelle com duas camisetas que claramente não são de vocês, e esses dois com uns shorts que claramente marca tudo.

— Tudo mesmo – Caio concorda.– 'Tô traumatizado.

— Oxi– Mike diz, saindo do quarto.– Que putaria é essa?!

— Vão se foder!– Isabelle exclama.– Ah é, você pintou o cabelo mesmo.

— Faz uns cinco dias que eu pintei, Isabelle.– Gustavo olha para a melhor amigo com cara de tédio.

— Ah, foi mal.– Ela dá uma risadinha.

— Eu tô com fome.– Duda leva as mãos a cintura.– Vamos lá fazer o café da manhã, Caio? Vem, Gu.– Então, Duda desce com os garotos.

— Pensei que você já tinha tomado o café lá no quarto, irmã.– Lucca grita para Duda ouvir.

— Eu vou me trocar.– A Isabelle diz, entrando no quarto.

Então vou atrás dela.

(...)

— Desde quando você cozinha bem, Gustavo?!– Questiono franzindo o cenho, e passo meu braço pelos ombros de Isabelle.

— Desde quando a Duda me obrigou a força a aprender cozinhar.– Ele diz, dando uma colher de mamão para a Duda.

— Namorado meu tem que fazer algo da vida.

— Eu jogo bola!

— E eu desfilo, mas nem por isso eu não sei fazer uma comida boa.

— Agora eu sei.– Ele diz, convencido.

— Tô segurando vela logo de manhã.– Mike diz, revirando os olhos.– Troca de lugar comigo, Lucca.

— Sai fora. Tô com cara de quem segura vela essa hora?!

— Pior que tem acredita.– Caio diz, rindo.

— Vai ser foder.

— 'Cê não vai comer, morena?– Digo para Isabelle.

— Não tô com fome, não.– A garota sorri fraco.

— Mas você precisa comer, bobona. Vai ficar o dia inteiro fora.

— Fica tranquilo, quem precisa comer bem é você, tem treino.

— Eu não vou conseguir treinar, se você não comer viu, Belle. Se eu levar bronca do Sylvinho a culpa é sua.– Digo, e ela gargalha.

— Primeiro: vai se ferrar, segundo: o Sylvinho é um péssimo treinador, terceiro: meu pai é louco de apoiar um treinador desse. E quarto: eu como algo lá na prova das roupas, pode ser?– Foi a minha vez de gargalhar.

Menina louca.

Primeiro: coitado do Sylvinho, ele só é meio louco– Digo com humor.– segundo: não fala assim do meu sogro, terceiro: come alguma coisa gostosa.

— Que sogro o que, menino?!– A morena franze o cenho.

— De toda a minha análise você só prestou atenção nisso?!– Digo com humor, grudando nossos corpos.

— De toda a minha análise você só prestou atenção nisso?!– Digo com humor, grudando nossos corpos

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Que fase é essa que estamos vivendo, hein.
Pelo menos saímos da zona de rebaixamento!

E enfim, foi isso, né, Du?
Em campo ele não entra mais, e daqui três semanas já vai estar na Rússia.

Que cultivemos esse amor aqui então, pra saudade não apertar tanto. ❤️❤️

Canção de Exaltasamba.- Du QueirozOnde histórias criam vida. Descubra agora