Capítulo 19.

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Zuri Vilas.

Depois que a comitiva da noiva se formaram, deixei o resto para as minhas trabalhadoras. Fui me trocar, vi meu bebê deitado, pensativo. Me machuca o ver assim, mas que merda. A coisas que nos preferimos esquecer.

— Amor!— me sentei em sua cama, ele me encarou — quer ver as estrelas?

— Sim.— ele não respondeu com o mesmo entusiasmo com o qual estou acostumado a ouvir. Mas me contentei com o mesmo.

Ele já havia trocado seu uniforme, tranquei meu escritório e entramos no BMW rumo, ao museu astrológico. Ben gosta de estrelas, e mas do que gostar delas, ele gosta de estudar as mesma. Fizemos nosso passeio de mãe e filho, e nessa hora, eu gostaria muito que Loyd ou Glets estivessem aqui. Eles com certeza iriam conseguir capturar sua atenção.

Se fosse uma situação não causada por mim, seria fácil levantar seu humor, mas não. Não consigo sequer levantar o meu, imagina o dele. No Sábado o levei ao show do panda. Mas depois que voltamos para casa, e ver que ele simplesmente não se deixava ser feliz, eu engoli minha dor.

— Ben— ele está deitado em meu peito enquanto faço cafuné em seu cabelo.

— Mãe.

— Recorda do homem que você viu no salão na sexta-feira.

— Sim.

— Ele é seu pai.

— Eu sei.— ele me confessou me pegando de surpresa— na biologia nos estudamos a genética, e anomalias hereditárias.— ele disse numa voz mansa — seria muito estranho sermos tão parecidos e não termos nenhum grão de parentesco.— fez uma pausa, enquanto fazia círculos em meu ombro — Eu só quero saber porque ele nos abandonou.

— Magoei você não é? Devia ter lhe contado sobre seu pai antes.

— Não me magoou. Eu nunca senti falta do que não tive. É só quero saber, porque ele te deixou sozinha. — eu sei que dependendo do que eu lhe disser, ele irá guardar um rancor profundo pelo seu pai, e eu não quero isso para meu filho. A história não pode se repetir.

— Eu não contei a ele que estava grávida, nem que tinha um filho charmoso e semelhante a ele. Seu pai queria conhecer muitos mundos, e eu não queria o prender, apesar de saber que você iria precisar de um pai consigo. Então eu tomei você para mim, como sua mãe e seu pai, mesmo sabendo que nunca seria capaz de lhe dar a presença paterna que precisa.

— O padrinho e o tio Glets, servem como presença paterna, eles me ensinam várias coisas.

— Você é muito gentil Ben, obrigada por estar comigo.

Se fosse uma criança qualquer teria chorado, feito drama e talvez nem quisesse me ouvir, e podia até dizer que me odeia por ter o escondido de seu pai.

— Mãe também é muito gentil, tenta carregar toda responsabilidade sozinha. E eu já não sou uma criança, irei ajudar mãe em todas suas responsabilidades.

{•••}

Segunda-feira.

Enquanto Ben foi a escola, tive de sair para uma reunião entre empresários. A um projeto que está para ser erguido, e a colaboração das dez melhores empresas a nível nacional. O projeto será erguido no distrito de Nkobe. Um distrito recente, com a população mais baixa a nível da província.

É um projeto arriscado, afinal pouca população é igual a pouco lucro, o governo laçou essa proposta mas descentralizar ainda mais as cidades, reduzir a superlotação nas grandes cidades. Então, nos as grandes empresas, seremos um atrativo, para as pessoas se interessem por esse distrito inabitado.

O Belo e a FeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora