Capítulo 7.

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Quando acordei, na manhã seguinte tinha uma mensagem e chamada de Rúben. Que não fiz questão de responder. Para minha felicidade era uma segunda com tolerância de ponto. Não iria ao trabalho nem a escola. Mas tinha umas clientes que vieram até minha casa para serem trançadas.

O que ocupou todo meu dia e me manteve longe das redes sociais. Estava tão brava com Rúben que trabalhar era a única coisa que me acalmava e distraia.

Por volta das dezoito, eu tinha terminado a última cabeça do dia. Estava quebrada, precisando de banho, comida e descanso. Eu estava arrumando as mechas e varrendo o quintal que está sujo, quando alguém entrou na casa. Eu estava com o cabelo preso, Topper e toalha. Literalmente em estado de abstinência.

Quando o vi meu coração gelou não pelo estado que eu estava, nas pela vergonha que sinto ao receber numa casa tão pobre.

— Olá.— ele passou seu olhar de forma demorada em meu corpo antes de me responder — O que faz aqui?

— Vim saber porque não retornou minhas chamadas.— disse despojado com as mãos nós bolsos na calça.

— Não vi. Estava trabalhando.— carreguei o lixo e fui deitar no saco. — Só isso?

Ele inclinou o seu olhar para mim, com superioridade.

— E esse olhar felino, cachorrinha, quer brigar com seu mestre?— me pergunto como ele consegue dizer palavras tão sujas e sérias em simultâneo.

— Não. Você é que está brigando comigo sem justa causa.

— Não lata, para seu mestre se não quer ser punida. — colocou seus dedos em meus lábios— comportar-te, pare de abanar a cauda para outros machos e respeite seu mestre.

Apertei as as unhas contra a palma da mão, completamente furiosa pela forma como ele me trata, mas sua aura obscura conseguia ofuscar minha raiva.

— Eu não estou abanando a cauda para ninguém, Rivaldo é meu amigo.

— Garotas não tem amizade com homens e muito menos cadelas saem da casa de seus donos para brincar na vizinhança.

— Mas você pode ter amizade com outras garotas, até andar colados você pode, mas eu não.

— Já disse para não latir para mim, isso me irrita. Se está brava por causa da ruiva, então se acalme porque ela é minha prima. Te falei dela.

Como num apse, muito raiva se esvaiu.

— Sério?— ele suspirou.

— Sério!— segurou na borda da minha toalha — Não gosto que minha cachorrinha fique de toalha ao relento. Vista-se, e responda as minhas mensagens.

— Sim amor.

{•••}

Como se no dia anterior não estivesse irritado por eu ter passado por ele sem o cumprimentar, na manhã seguinte na escola, estava fingindo que eu não existo. Suspirei me conformando, definitivamente eu nunca irei entender Rúben.

Estava pronta para passar meu sábado do tédio, quando recebe a mensagem de Rúben dizendo para que eu fosse a sua casa. Talvez hoje seja o dia em que serei assumida. Foi o que eu pensei, minutes antes de chegar a mansão dos Gonzales.

Majestosa, imponente, exalando luxo e poder, não é a toa que sua casa está próxima a estação. Os pais dele deve ocupar ótimos cargos. Pensei comigo antes de ser revistada pelo porteiro e ele permitir o meu acesso. O porteiro era um tiozão negro, o que me fez relaxar sobre os boatos de que a família Gonzales tem preconceito.

Depois esperei na sala, a governanta da casa, uma senhora negra me recebeu e foi chamar Rúben, que apareceu descalço, de calções, e blusa branca toda amarrotada. Ele acenou a cabeça para que eu o seguisse e assim foi, caminhamos por um corredor, que nos levou ao último quarto que é o seu.

— Entre!— o quarto está impecavelmente arrumado, cheirando à cafeína o cheiro que pertence a Rúben. — Tire a roupa!— disse trancando a porta a trás de si.

Me virei, magoada.

— Não me trate como uma prostituta. — cruzei os braços indignada.

— Prostitutas são obedientes— disse passando por mim — mas você não, você é uma cachorrinha malvada. Que está em processo de cadastro.

Ele se deitou na cama de costas, encostando sua cabeça na almofada.

— Eu também não sou um animal.— bati o pé no chão.

Seus olhares se curvaram, me arrepiando o corpo. Desde que comecei a namorar com Rúben, descobri que ele é um grande falso, ele finge que é um príncipe bondoso na escola, mas por dentro é um tirano sadista.

— Queria te dar um presente, mas você continua latindo para mim.

— Ei...— me aproximei dele me jogando na cama e gatinhando no meio de suas pernas — me desculpe, irei me comportar.— fiz olhinhos de cachorro sem dono.

— Não sei não, você é muito atrevida. — virou o rosto.

— Eu juro!— agarrei sua blusa manhosa.

— Sério!— o sorriso diabólico espreitou — então fique de joelhos!— fiquei de joelhos na cama — Não não, no chão. Não seja trapaceira.

Que tipo de namorado eu fui arranjar meu Deus. Fiquei de joelhos no carpete, de frente para cama. Ele colocou sua mão em minha frente então o beijei como se fosse um rei. Ele sentou se na cama, então abriu o zíper de sua calça, fazendo seu pau saltar para fora. Não foram preciso palavras para entender o que ele queria, agarrei suas coxas e comecei a chupar seu pau, tentando meter todo ele em minha boca. Ele soltava gemidos baixos contidos, enquanto agarrava meus cabelos com força e me obrigava a fazer movimentos mas rápidos.

Parecia que ele nunca mais irei a gozar, minha garganta estava seca, e minha respiração falha. Quando do nada sentia um gosto amargo em minha garganta, fiquei com ânsia de vômito, mas me contive, enguli tudo e ainda limpei seu pau com minha língua.

Antes que eu pudesse sintonizar meus pensamentos, ele colocou um colar de ouro em meu pescoço, não aquele ouro pirata que costumo comprar, Ahhh afinal ter namorado rico é isso.

— Essa coleira ficou bem em você, cachorrinha. — ele deu um sorriso morno.

Depois de umas três horas, ele decidiu que era hora deu ir embora. Mas quando saia do seu quarto, cruzei com a ruiva, que olhou para mim, depois para ele, voltou a olhar para mim com desprezo.

— Seus pais não vão gostar nada se souberem que está tentando machar a família.

— Não se meta na minha vida!— Rúben.

— Não seja mal criado, sou sua mais velha!— Rúben a olhou pelo canto dos olhos como se estivesse vendo um ser inferior. — Não me olhe assim!

— Desapareça da minha frente!— até eu senti pena da ruiva, Rúben consegue ser insensível e sem escrúpulo. Ele segurou minha mão e me tirou do corredor. Deixando sua prima para trás com raiva. Nem parece que naquele dia estavam abraçados, Rúben é um príncipe diabólico.

O Belo e a FeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora