Capítulo 32.

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Hoje seria um daqueles sábados em que ele me liga avisando que está vindo ou simplesmente aparece com planos de nós levar para sair.

Mas, quando despertei e vi no meu celular que não havia nenhuma notificação dele, pensei em tanta coisa, eu posso lidar com mais uma decepção, mais e Ben? O que direi para ele? Será que ele vai conseguir seguir em frente? Ele é só uma criança,e justamente agora que ele estava se apegando ao pai, ele simplesmente some. Lágrimas escorreram dos meus olhos, eu sinto dor e medo, não só pelo capricho meu por querer ele por perto, mas por Ben, não devia ter aceitado que ele se aproximasse de Ben, eu jurei a mim mesmo que daria uma vida equilibrada a Ben, mas sou a primeira que a desestabilizou. Não tenho coragem nem de cometer isso, com Loyd, Glets ou com as minhas irmãs. Quando os meus pensamentos em segredo.

Me levantei da cama, afinal, eu tenho um filho, pelo qual dou minha vida. Não importa quanto eu sangrar, ele não precisa ver, não precisa sentir.

Mal abri a porta do quarto me esbarrei com ele.

— Mãe... sinto fome.— boceja abraçando minha cintura. Ri bagunçado seu cabelo.

— Você dormiu muito cedo ontem, e nem jantou. E Óbvio que acordaria com fome.— dei beijo em seu rosto. Me agachei até ficar de seu tamanho, e nele eu vi Rúben, não importa quando eu tente o excluir da minha vida, como uma assombração ele aparece. Nove meses na barriga para ele nascer a cópia do pai.— vá ao banheiro escovar esses dentinhos de marfim, tomar um banho e pentear esses cabelos rebeldes.

— Minha barriga está roncando...

— Eu sei, mas primeiro a higiene pessoal. — pisquei — quanto mais tempo levar aqui, mas tempo ficará com fome.

Estou tão desmoralizada, que depois que tomamos o pequeno almoço, terminei de fazer a faxina na cama e puta merda, a cada canto tinha uma lembrança de Rúben. Eu odeio esse homem, choramigo por dentro, até a minha própria casa ele conseguiu marcar. Me deitei no sofá com o meu filho, e assistimos Hunter X Hunter.

— Eu gosto do Killua!— Ben comenta. — Ele muito inteligente.

— Sim e forte.— meu filho gosta exatamente do personagem inteligente de índole dúvida, e mentalidade preocupante, Killua é praticamente uma criança sociopata. Como mãe, não sei se levo isso numa boa ou preocupada.— Mas ele é um pouco maldoso, não acha filho?

— É na dose certa, quando se é perfeito. — Ben está falando como o pai, ( choro interno) isso realmente me preocupa.

A campainha toca. Me obrigando a me levantar, só pode ser Loyd. Fugindo do trabalho provavelmente, sorriu dos meus pensamentos. Só abrir a porta, me deparo com alguém desagradável, lhe dando um tapa logo de seguida.

Ele segura no local em que bati me encarando atônito.

— O que faz aqui?— indaguei brava — Você acha que pode simplesmente sumir e aparecer quando bem entender?

— Tenho uma explicação para isso!— diz suavemente.

— Qual desculpa Rúben? Algo outro grandioso objetivo de vida? Te falta governar o mundo?

Antes que ele pudesse me responder, Ben o chamou da sala.

— Pai. — essa foi a primeira vez que Ben o chamou de por pai, deixando tanto a mim, como a Rúben surpreso. Ben saiu da sala correndo, dei espaço para ele poder abraçar o pai.— Onde estava? Tenho grandes projetos, preciso da sua ajuda. Quero construir um foguete e levar para o espaço. Já fiz os cálculos e tudo, agora só falta fazer o desenho do foguete, você pode fazer isso não?

Não sei se fico surpresa por meu filho querer construir um foguete, ou por apesar de Rúben ter sumido sem mas nem menos, ele ter guardado um requisito de esperança de que ele iria voltar e o adicionar aos seus projetos. E olha essa animação com a qual ele fala, com certeza Ben tem o pai em grande estima.

— Tive de fazer uma viagem de emergência, porque alguém achou que podia clonar a empresa do papai em Portugal. — Rúben disse entrando, me deixando sem reação na porta.

— E isso é crime não é?

— É sim, tive de ir resolver o caso no tribunal. O processo ia levar mais tempo, mas dei um jeito de apressar tudo. Para poder ficar consigo e...com sua mãe.— disse suavemente.

Rúben se sentou no sofá, e Ben no colo dele, fechei a porta atrás de mim, mas ainda sem coragem de me aproximar.

— E o cara que clonou a empresa?

— Preso. Ninguém sabota o papai e saim em puni. oOoOO, estão assistindo Hunter X Hunter...

— Sim.

— Eu gosto do Killua. — os olhos de Ben brilharam — Ele é muito inteligente, perspicaz e astuto.

Ben sorriu satisfeito.

— Eu também gosto, ele com certeza é o meu favorito. — eles comentaram mais sobre o anime, depois falaram sobre o foguete, se perdendo em seu próprio, onde só existe eles os dois.— Você acaba de aterrar?

— Sim...vi direto vós ver, estava com muitas saudades. —  voluntariamente Ben o abraça.

— Eu também. Não está com fome?

— Faminto!

— Mãe o pai está com fome. — ele diz me tirando do transe.

— Certo.— em outro tempo Ben teria percebido que não estou bem, mas como seu pai está, ele está tão eufórico que deixa de ser detalhista, ele simplesmente relaxa.

Aqueço a comida, que eu havia preparado mais cedo para o pequeno almoço e coloco sobre a mesa, de seguida os chamo para comer.

— Onde vás?— Rúben.

— Ao quarto. — me sinto sem graça, ao mesmo tempo que não dúvida se realmente devo confiar no que ele diz. Irei me insolar enquanto eles tem momento de pai e filho.

— Fique, e almoce connosco. Um momento em família, não é filho?

— Sim.— mesmo na mesa de jantar, Ben persiste em ficar no colo do pai. Se não estivesse com tantas dúvidas com certeza eu estaria com ciúmes.

Enquanto almoçamos a dado momento Rúben segredou algo a Ben, enquanto olhava para mim. Ben sorriu ainda mais entusiasmado, ele está tão apegado ao pai meu Deus. Ben se levantou e saiu da sala.

— Para onde ele foi?

— Lhe mandei levar algo no carro.

— Fora de casa?

— Sério? — ironizou se levantando — O carro está na garagem. — parrou a frente de mim, inclinando seu rosto — minha cachorrinha está arrependida, por latir e morder o seu mestre?

— Não.— virei o rosto. — Você mereceu.

— Sentiu saudades do seu mestre por isso está magoado?— provocou.

O Belo e a FeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora