Capítulo 29.

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Zuri Vilas.

Imma decidiu dar uma festa de aniversário para seu filho mais novo. Até então tudo bem, a festa estava programada para 3h da tarde, para as crianças poderem se divertir e mais tarde os adultos também.

Até Aina ligar para mim e dizer que Imma está surtando porque a cafeteria que ia preparar o bife, acaba de pedir desculpas porque não iria conseguir mandar o pedido exatamente naquela hora.

— Assim qual é a ideia?— Aina está vivendo no apartamento de Glets desde que terminou a faculdade. Quer dizer, havia sim um motivo para ele apenas ser gentil com ela. Não sei o que minha irmã viu naquele homem maldoso, mas prontos, quem sou eu para julgar gostos alheios. As minhas não foras excelentes também. O bom disso tudo, é que apesar de Glets ser um homem maldoso com o mundo, bem lá no fundo, lá onde só Aina vê, ele é um bom homem que se preocupa com sua família.

— Eu não sei!— Ainda fez direito empresarial, e se tornou a advogada da companhia de Glets e Loyd.

— Talvez ela quer que você processe a cafeteria!— provoquei.

— Hahaha, não é engraçado. Vocês pensam que elaborar um processo é fácil!— resmungou. Desde que Aina terminou a faculdade de direito, tanto eu como Imma, e principalmente Imma, porque ela provoca as pessoas e depois diz, minha irmã é advogada. Eu por outro lado, só chateou Aina, do mesmo jeito que ela fazia quando me formei em marketing.— Ela diz que vai aguardar, já que as crianças gostam do buffet daquela cafetaria, sem falar que trabalhamos com ele já um pouco tempo. Eles conhecem nossos gostos e principalmente

— Do Ben, eu sei. São os descontos que ela quer?— dessa vez nós duas rimos.

— O que você acha!— rimos ainda mais. Conhecendo bem o temperamento de Imma — Com quem está falando?— ouço a voz de Glets no fundo. — Zuri?

— Oi?

— Você não cansa de incomodar minha esposa?— eu disse que Glets é desumano é só é bom quando acha que deve ser bom.

— Glets não diga isso, eu é quem liguei.

— Estou brincando princesa, Zuri sabe que a amo, não é gordinha? Quis dizer cunhadinha? — Aina reclamou novamente, mas enfim, para quem não nós conhece pode pensar que é ofensivo.

— Ela não está gorda porque é encalhada.

— Mas é exatamente por isso? Sexo ajuda a diminuir gordura, mas sua irmã ainda não descobriu isso.

— Não falem de mim como se eu não estivesse ouvindo!— gritei. — Inacreditável, eu não sou gorda, sou gostosa!— com o tempo eu aprendi a ter garras afiadas como de Glets. Por trás da linha eles aplaudiram riram. — E digo mais, não sou encalhada. Sou uma mulher com altos padrões sexuais, mas Aina ainda é bebê, não está preparada para essa conversa.

— Eeeeeh! O que você está insinuando Zuri?— Glets gritou e eu desliguei a chamada rindo, satisfeita por o irritar.

Suspirei.

Sozinha em casa. Tenho que me preparar, ir levar Ben na casa dos avós e seguir para casa da Imma. Imma não chegou a voltar a escola, a ajudei a ter seu próprio negócio, mas o mérito do que ela conquistou é todo seu. Ela finalizou a casa, a aumentou os quartos, a sala e deu uma cozinha. Para além de banheiros internos que não estão aos pedaços.

Acho que finalmente minha irmã se cansou de homens, não digo que ela não transa, mas ela não voltou a cometer o erro de o meter dentro de casa. E isso é bom.

Estacionei o meu carro do lado de fora da mansão, diferente das outras vezes, que eles me fizeram passar por protocolos de segurança, dessa vez me deixaram passar livremente, o que foi estranho. Reparei também, num Mark X preto estacionado dentro na garagem, das vezes que vim, não tinha esse carro.

A governanta me recebeu e me dirigiu a sala, onde estava a família inteira. Quer dizer, sempre que venho aqui essa família está reunida, não sei se é porque eles são unidos ou se eles só se reúnem para ficar com o meu garoto. Ben estava no colo da avó no carpete, vendo um álbum de fotos. Eles estava tão compenetrado que nem sequer me notou.

— Oi.— recebi um beijo surpresa na bochecha. Já que preferi não denunciar minha presença. Já que até Efigênio e Ayana se matavam de rir se divertindo com o álbum.

— Para que essa intimidade?— reclamei.

— Não sei porque você não reclama quando te chupo!

— Você tem a boca suja.— revirei os olhos.

A nossa conversa foi interrompida, quando a ruiva apareceu do outro lado da sala, do mesmo lado onde está Ben e seus tios. Vendo Rúben tão próximo de mim, pude ver seu rosto enrugar.

— Rúben, desde que cheguei estou a sua procura!— ela diz desfilando até aqui, chamando a atenção de toda família.

— Zú!— Ayana me cumprimenta. Marco distância de Rúben me aproximando.

— Cunhada, tudo bem?— Efigênio sorri palhaço.

— Prefiro você no seu modo profissional!— digo entre dentes. — Boa tarde a todos.

Ben se levanta do colo da avó, vindo até mim.

— Boa tarde Zuri, como está?— a sala ficou em completo silêncio. Essa é a primeira vez, na face da terra, que a mãe de Rúben fala comigo. Fiquei tão admirada que demorei a responder.

— Muito bem e a senhora?

Ela se levanta e estende sua mão para mim, o que foi mais um choque para todos, não só para mim.

— Também estou bem na graça, Benson é encantador.— comenta entre o aperto de mão.

— Eu sei. Ben se despesa de sua avó e de seus tios.

— Ben, também se despesa do seu avô ele está no quarto descansando. Você já sabe onde é né?— sua avó pede. Ele olha para mim, eu aceno e ele vai. A sala ficou num clima pesado, excepto pela conversa que Natasha e Rúben estão tendo. — Zuri, Ben pode vir passar o fim de semana inteiro aqui? A presença dele aqui, enche a casa de cores. Sem falar que trás também meus amados filhos de volta para casa.

— Irei pensar. — respondi sem voltas.

O Belo e a FeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora