Capítulo 31

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Saímos da casa de Imma por volta da meia-noite, Rúben se encarregou de dirigir o meu carro e nos levar para casa. Benson adormeceu no banco e trás, e bom, também não estou muito diferente dele. Estou exausta.

Às ruas estão semi-iluminadas e praticamente vazias, está sendo um final de semana bastante calmo. Estamos em completo silêncio no carro, apenas ouvindo o som do motor e das nossas respirações.

Em trinta minutos chegamos a minha casa, ele colocou o carro na garagem, carregou Benson. Eu ainda imóvel no acento, aqui está tão quentinho e confortável, eu poderia dormir aqui. Sou tirada dos meus pensamentos, quando usado a mão livre, a outra carrega Benson, ele abre a porta do carro para mim.

— Quer que te carregue, Baby?— se ele não estivesse dizendo em um tom malicioso, com certeza eu aceitaria.

— Não precisa. — coloco os pés no chão e de seguida me levanto. Fecho a porta do carro. — Ainda consigo me virar sozinha.— passo a sua frente e destranco a porta na garagem que dá direto ao interior da casa, à sala.

Ligo o interruptor, e caminho em direção ao quarto de Benson, organizo sua cama, e Rúben o deita, de seguida tirando as sapatilhas dele e a camisola, para que não fique sufocado durante a noite.

— Você pode dormir aqui!— digo abrindo a porta do quarto de hóspedes.

— Tem poeira!

— Sacode. — liguei o interruptor entrando no quarto, e passando a mão pela mobília. — Não tem assim tanta poeira, Glets costuma usar esse quarto quando vem com nós visitar.

— Não quero dormir no mesmo quarto que esse cara usa.

— Você não está em posição de escolher.— cruzo os braços indignada. — Todos os quartos de hóspedes são usados, por isso são de hóspedes. — reviro os olhos.

— Não seja rude com seu mestre.

— Você tem síndrome de superioridade né?

— Hmmm— ele se fez de pensativo — Se isso significa que sou melhor que todo mundo, então sim.

Suspirei exausta.

— Infantil. — falei passando por ele — Durma apenas.

— Podes dormir os dois juntos em seu quarto, o que acha.— ele diz me agarrando por trás. Enquanto uma de suas mãos apalpa meus seios e a outra invade minha saia justa, me fazendo suspirar.

— Quem te deu a liberdade de me tocar quando bem entender? — invés de me responder ele continua me apalpando, chupando meus pescoço enquanto engatinhamos para fora do quarto.

— Se não quiser pode tirar minhas mãos do seu corpo. — aperto meu mamilo enquanto introduzia um de seus dedos dentro de mim. Segurei seus braços, con intenção de removê-la, mas ele aumentou o aperto em meus mamilos, torturou meu clitóris enquanto introduzia dois dedos dentro de mim, me deixando aflita e sem fôlego. — Qual é a dificuldade baby?

Não o respondi, porque o sentir em todo o meu corpo é a melhor das sensações. Ele puxou minhas camisa em pedaços, fazendo os botões irem ao chão. Me colocou sentada na cômoda. Usando dedos biliscou meus mamilos me beijando.

— Diga para eu parar, baby. — mordeu meu ombro. — Vamos, seja ousada, e me mostre que pode resistir a atração entre nós dois.

Agarrei seu pescoço e o beijei, sinto o líquido viscoso escorrendo entre minhas pernas, mal consigo pensar de tanto que estou excitada. E quando seus lábios entraram em contacto os meus mamilos, desesperada, tiro o sinto de suas calças, desabotoou puxando a mesma para baixo em busca de mais prazer, posicionei o mesmo na minha entrada.

— Ahhh, Zú você é uma delícia!— aperta os meus seios se aconchegando dentro de mim. Uma de suas mãos agarram os meus cabelos com força em um coque e aumenta as estocadas.

Se Rúben é um erro, com certeza que é um erro que eu sinto prazer eu cometer. Longe dele consigo idealizar barreira e pressupostos para me manter longe dele. Mas quando sinto seu olhar posar em mim ou quando eu ele me toca eu penso: vai ser só dessa vez, só uma vez e não voltarei a permitir isso. Mas eu sou uma boba né?! Sempre digo a mesma coisa, depois me convenço que não voltará a repetir, novamente ele aparece todo superior, fazendo o que lhe dá na telha na minha vida. E sendo sincera, eu gosto de como ele bagunça minha vida toda certinha e orquestrada.

Dormi aconchegada a seu peito. Em certo período da madrugada ouvi o som do celular, mas nem o mundo acabando me tiraria de onde eu estava. Eu realmente dormi bem. Só despertei quando ouvi o som da TV, Benson acordou. Devo preparar seu café da manhã. Mesmo contra minha vontade abro os olhos, é aí que reparo, estou sozinha na cama. Não há roupas de Rúben na cama, o que significa que ele já acordou. Vejo as horas no meu celular e já é quase meio dia.

Ao me levantar da cama, sinto o orgasmo escorrer entre minhas pernas. Damn, sexo sem proteção, maldito Rúben, está tentando me engravidar de novo?

Vou ao banheiro, faço minha higiene pessoal, faço questão de usar uma roupa provocativa, mas descente o suficiente para ficar na frente do meu filho. Organizo o quarto e saiu para cozinha, Ben está comendo corn flakes, bem concentrado na TV.

— Bom dia amor!— inconsequentemente procuro por Rúben, mas não o vejo pela casa.

— Bom dia mãe, como descansou?— entro na cozinha, e não há nem sinais de que Rúben esteve aqui, além da pequena bagunça que Ben fez para tirar os flakes.

— Descansei bem amor e você?

— Também.

— Seu pai?

— Não o vi. Mas tenho a impressão que ele entrou no meu quarto hoje mais cedo. — ele diz me encarando.

— Estranho...— digo isso mas minha vontade é de xingar Rúben por ser antiético e sair sem sequer se despedir. Ele me paga quando vier.

{•••}

Se passaram três dias, desde a última vez que vi ou falei com Rúben. Ele simplesmente sumiu do mapa. Tento não pensar nisso, afinal o que ele faz não é da minha conta.

— Será que ele virá hoje, tem umas coisas que eu quero fazer com ele.— Ben murmura enquanto faz seu dever de casa.

Ao menos que ele ligasse ao filho,  ele não sente vergonha em sumir sem avisar... Outra vez.

Me corto com a faca sem querer, meu sangue pinga em cima da cebola picada.

Porque sempre tem de ser assim?

Ele me ilude, eu acredito da utopia dele, e depois sem mais nem menos, sem sequer me dar aviso prévio, ele retira a utopia de mim e me monstra a realidade.

— Mãe o almoço pode ser pizza?— Ben pergunta da sala.

— Apenas Pizza Ben?— tento não demostrar meu estado emocional. Ele virá seu rosto, escondo minha não sangrando e sorriu sapeca para ele.

— É...— ele murmura desconfiado.—. Quero uma extra grande e cake de chocolate.

Ter feito a licenciatura e me tornando dona do meu próprio trabalho foi a melhor coisa que Loyd e Glets me incentivaram a fazer  por mim, assim não sou obrigada a sempre estar em meus salões. Tenho mais tempo para meu filho e posso curtir momentos de lazer.

— Todo o que o meu rei mandar.— faço uma vênia, ele ri.— Está difícil a matéria?

— Não...se bem que é divertido fazer o dever com ele.— resmunga me partindo o coração.

— Posso te ajudar se quiser.

— Não precisa...estou acabando já!— afirma voltando sua atenção ao caderno.

O Belo e a FeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora