Capítulo 30.

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O clima estava tão pesado, que apenas foi salvo com a volta de Ben que foi bastante rápido. Apesar de desnecessário, carreguei o meu filho.

— Bom, até mais.

Me afastei dela, infelizmente a ruiva que tenho a certeza não gostar de mim, está em frente a saída.

— Zuri, como se sente?— ela perguntou num tom irônico. Como se de alguma forma eu tivesse planejado toda essa situação, mesmo ela sabendo que não. — Soube do excedente querida, você está bem?— lentamente, sua mão se aproximou de mim, Ben encarava atentamente para ela, e seus olhos pousaram onde a mão de Natasha tocou, meu ombro. Enquanto eu encarava a Natasha, Ben encarava a mão da Natasha em meu ombro.

— Felizmente estamos bem.— ela recua sua mão, sem tirar sorriso falso.

Seu olhar cruza com o Ben, seja o que ela queria dizer, ela simplesmente se calou quando Ben a encarou de baixo para cima com, desprezo. De seguida, Ben, tocou no mesmo ombro em que Natasha pegou, ele alisou, como se estivesse tirando sujeira. E esse movimento não passou despercebido para nenhum de nós.

— Bom, até algum dia.

— Eu também estou indo, até mais. — Rúben disse me seguindo por trás.

— Para onde vai?

— A festa com vocês. Ben me convidou, não é filhão?

Eu tenho umas boas respostas na ponta da língua. Mas em respeito ao meu filho, irei me calar e aceitar a presença dele.

{•••}

9:40 PM.

A festa está lotada, quase toda a vizinhança está aqui. Apesar de ter começado tarde, a festa está bem organizado, o buffet maravilhoso como sempre. Ou melhor, está tudo correndo bem, até a irritação que senti ao cruzar com Natasha se foi.

Às crianças estão na sala brincando por causa da temperatura, que esfriou aqui do lado de fora. Que é o palco central da festa. Felizmente ou inesperadamente Loyd e Rúben estão se dando bem, Efigênio e Ayana apareceram de penetra na festa uma hora atrás, a maldade de Glets se encaixou perfeitamente no temperamento debochado de Efigênio e no cinismo de Ayana. Os três juntos parecem emissários do inferno.

Me levantei, indo a cozinha para tomar um copo de água. Ainda incrédula de como as coisas estão sendo, como algo tão errado, dá tão certo? Desperto dos meus pensamentos ao ouvir gritos de Imma. Saiu da cozinha apressada, para ver o que está acontecendo.

— Eu não quero você na minha casa.

— Ele também é meu filho, tenho meus direitos.

— Hahaha, hoje! Hoje você se recorda dos seus direitos, e os seus deveres e obrigações que você mandou para puta que pariu?

As crianças estão encolhidas num canto enquanto Imma trica farpa com Gilberto. Fiz mal em pensar nesse canalha hoje cedo. Eles berram tão alto que estão chamando atenção dos convidados, fazendo com que um pequena aglomeração se forme na sala.

— Não fale merda vadia! Não é só porque subiu de nível que você deve se achar dona do saber! Eu ainda arrebento sua cara!— Gilberto diz ameaçando a bater.

Gilberto veste uma camisa branca com alguns botões de cima abertos e calças azuis largas que fecham o seu sapato.

— Não se atreva a bater na minha irmã seu desgraçado. — Aina diz se colocando do meio dos dois.

— Epha, epha, epha, — digo segurando na mão de Aina e lhe colocando a minha trás. — O que está acontecendo aqui.

— Não se meta sua vadia.

— Não me meter?— ri debochada.— Quer me dar ordem na minha própria casa?

— Isso é tudo culpa sua!— ele diz me empurrando, cambaleou três passos para trás rindo.— Você estragou tudo sua puta desgraçada. Fica dando cú para homem mais velho e pensa que é a dona da porra toda. Isso tudo seria meu, e você estragou.

— E depois? O que pensa em fazer a respeito?— falei me aproximando dele, ele tirou a camisa nervoso. — Vai me bater? — o encarei de cima, já que ele um uns três centímetros mais alto que eu. — Então porque não tenta?

Ele levantou a mão, prestes a me bater quando bruscamente Rúben apareceu a minha frente e o socou.

— Não se atreva a tocar na minha mulher.

— Deixa ele! Se ele é homem — contornei Rúben caminhando até Gilberto que está se recuperando do soco. — Eu já te disse, e irei repetir se você não entendeu. — eu olhei para ele, mas o aviso era para todos, qualquer um que pensar que pode tomar esse terreno.— Essa casa é minha e de minhas irmãs. Aqui você não manda, e nunca vai mandar.

— Você pensa que eu tenho medo de ti Zuri? Você pensa que assusta sua vagabunda?— ele vinha novamente para cima de mim, mas Loyd e Glets apareceram por trás e o seguraram pelos braços. E novamente Rúben o socou, fazendo um dos seus dentes caírem.

— Melhor ter, se você acha sua vida significante.— Rúben.

— O senhor está preso, por invasão a propriedade privada, e tumulto.— Efigênio apareceu o colocando algemas.

Ele rangeu os dentes, gritando que nos odeia enquanto era arrastado para fora. Ignorei seu show e fui abraçar minhas irmãs.

— Irei sentir prazer eu agravar a situação dele.— A tempos que Aina queria o processar por não dar pensão alimentar, mas Imma sempre interviu por ele, mas dessa vez. — Não terei misericórdia e nem te ouvirei.

Apesar da seriedade do assunto, demos uma pequena risada. Com os olhos, procurei por Ben, que está nos braços de Ayana. Ela acenou para mim, eu dei um pequeno sorriso. Não gosto quando Ben presencia esse tipo de situação, porque isso acaba afetando a sua personalidade.

Tomo um susto quando Rúben me arrasta pela cintura.

— Você merece ser fodida por colocar sua bunda gostosa em frente de caras psicóticos que nem aquele cara.

— Aposto que isso é só uma desculpa para me levar para casa.

Ele riu, jogando a cabeça para o lado.

—Eu não preciso de desculpas, para transar coma minha mulher.

Revirei os olhos, já havia me esquecido dessa parte. Naquele momento foi sexy, agora está sendo apenas constrangedor.

— Não sou nada sua, não se empolgue.

A festa ficou um pouco afetada por causa do ocorrido, meu sobrinho estava chorando depois da briga que presenciou, Imma teve de ir o acalmar. O clima ficou pesado, as crianças deixaram de brincar. Trinta minutos depois metade dos convidados já havia ido embora, e Efigênio já havia voltado da delegacia. Acabamos ficando apenas entre família, se é que assim posso dizer.

O Belo e a FeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora