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06 | Sentimentos Conflituosos

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#MeuCoringaFavorito

Algumas horas antes...

As passadas eram calmas e leve como pluma sobre o chão. O corpo bem esculpido do ômega Lúpus Puro era guiado pela sua mente meio nublada e desorientada pelo sentimento de frustração, raiva e talvez lá no fundo, a culpa também, mesmo que quase inexistente.

Andava sem rumo após a leve discussão na casa de Roseanne, queria pôr as ideias no lugar e esperar que aquelas enxurradas de emoções evaporasse para só assim retornar. Ele não sabia por quanto tempo andou, mas quando parou percebeu estar numa localidade desconhecida, sentia-se perto de qualquer lugar menos da residência da Ômega.

Não sabia que horas eram, porém, sabia que ainda era manhã. O local mesmo de dia tinha uma certa escuridão que o abraçava, havia latas de lixos caídas e o ambiente parecia abandonado, completamente macabro. Começou a caminhar mas sentiu a presença de alguém atrás de si.

Parou e virou para trás, não vendo nada além da rua deserta, respirou fundo e continuou a andar, mas novamente a sensação fez-se presente, parou por uns dez segundos e virou, nada, não havia nada ali, já estava se sentindo irritado, Park virou para voltar a sua trajetória, mas deu de cara com alguém todo coberto com roupas pretas, porém antes que chegasse a sentir qualquer aroma.

O desconhecido pôs um pano encardido sobre seu nariz e boca, o cheiro forte fez com que sua visão escurecesse fazendo-o desmaiar e cair na inconsciência de sua mente e corpo.

Uma dor insuportável se alastrava sobre sua cabeça, levou a mão ao local enquanto gemia de dor, estava tão fraco que o ômega Lúpus Puro se sentia incapacitado de abrir os olhos. Ainda com as orbes fechadas, Jimin deu-se conta de que estava deitado sobre algo duro e áspero, completamente desconfortável.

No seu interior um sentimento a qual ele não conseguia identificar começava a surgir, era ruim e angustiante fazendo seus olhos lacrimejarem. Assim que a dor ficou mais leve Park Jimin abriu os olhos e estudou vagarosamente o local. Era levemente escuro e gelado, com muita dificuldade conseguiu se sentar sentindo seus ossos do corpo reclamar.

Então só aí percebeu estar no beco do prédio onde consistia o apartamento de Jeon, respirou fundo e levantou gemendo de dor, uma tontura tomou conta do seu ser quase o levando de volta ao chão. Mais consciente caminhou com um pouco de dificuldade até o prédio e entrou sem olhar para a recepção, apenas entrou no elevador e apertou o botão do último andar.

Atualmente...

— E foi isso que aconteceu! — Disse Jimin sentado na poltrona de cor branca enquanto bebia um copo de água, seu corpo era coberto por um roupão.

O ômega olhava para Jungkook que estava a sua frente em pé, com uma expressão fechada e as mãos guardadas no bolso da calça social ouvindo com atenção seu relato.

— Isso é tudo que lembra? — Questionou com uma das sombras celhas arqueadas.

— Sim! — Falou enquanto passava o dedo na borda do copo. — Após apagar só me lembro de acordar no beco do lado do prédio.

— Que bom que não morreu! — Em um momento de descuido revelou Jungkook.

— Vamos fingir que você se preocupa Jungkook.