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08 | Uma Certeza e o Sequestro

Demorei, mas voltei, leia os avisos finais
Decidi trazer esse mimo pq hoje é meu aniversário então comentem muito e vote também como presente kkkkkkk
Boa leitura meus Lilium.

#MeuCoringaFavorito

Quando depositamos muita confiança em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

Segundo o dicionário, confiar pode ser entendido como "um estado psicológico que se caracteriza pela intenção de aceitar a vulnerabilidade, com base em crenças otimistas a respeito das intenções do outro". Pode também ser entendida como a crença na probidade moral, na sinceridade de alguém.

Para R. Fagundes, a confiança é um tecido delicado que não aceita remendos, e isso é verdade.

Para Jimin, em um mundo do crime, a confiança era extremamente importante, mas era algo bastante escasso. Ele via esse sentimento como a base para qualquer tipo de relacionamento, mesmo que os seres humanos fossem agora totalmente indignos dessa confiança.

Ele não confiava muito e achava melhor assim. Porém, esse sentimento tão importante tinha o outro lado da moeda, é claro que tinha. Acreditar, acreditar estava ligado com a confiança e era o outro lado da moeda. Crer na palavra do outro, aceitar como real, convencer-se da existência de alguma coisa. Era simplesmente... acreditar.

Park estava sendo verdadeiro em suas palavras, e por isso não temia nada, mas algo precisava acontecer. Jeon precisava confiar em Park, precisava acreditar em suas palavras. Porém, depois de todos os acontecimentos de sua vida bem vivida, Joker tinha dificuldade de abrigar tal sentimento.

Ele é o líder de uma máfia grandiosa e bastante conhecida. Houve muitos acontecimentos para ele saber que o mundo não era merecedor de sua confiança, e quanto menos gente tivesse esse sentimento, menor seria seu trabalho e preocupação.

Mas estava dividido.

Seu lado humano pensava pelo racional, não queria acreditar em Jimin, pois todas as evidências mostravam que Park era o espião que tanto procurava. Racionalmente estava tentado a acreditar em sua irmã Jennie, mas ele nunca tomava uma decisão errada; Jeon Jungkook nunca errava.

Já o seu lobo, que pensava pelo lado emocional e irracional, agia diferente. Para ele, não teria motivos para o ômega Lúpus Puro destruir Jeon. Conhecia bem a inteligência e o quão estrategista Park conseguia ser, e que ele não faria algo assim sabendo que estava em desvantagem, principalmente em um território que não era o seu. Era impossível que Jimin fosse o espião.

A sala do grande apartamento tinha a iluminação escassa. Jeon preferia assim. O aquecedor fazia seu trabalho naquela noite fria, e o ômega Lúpus Puro que estava sentado confortavelmente no sofá agradecia por isso. Não estava preocupado, nem inquieto, muito menos tinha a consciência pesada.

Já Jungkook estava inquieto, mas não demonstraria isso. O alfa Lúpus Puro estava sentado em um sofá em frente ao ômega, olhando-o friamente, como se quisesse descobrir toda a verdade. Seu corpo estava curvado para frente, os cotovelos apoiados nos joelhos, e as mãos cobriam a boca.

Jimin, lendo todas as suas linguagens corporais, sabia que o mafioso estava em um grande dilema entre acreditar ou simplesmente eliminá-lo de sua vida.

Jeon respirou fundo depois de uma grande análise e muitos neurônios torrados para decidir. Levantou-se e caminhou até estar próximo de Jimin, que continuava sentado no sofá. Tomar aquela decisão não seria fácil.

— Continuaremos com o mesmo plano de encontrar seu pai, mas Park, isso não significa que eu confie em você. Estarei te observando, e agora não terá só um, mas dois seguranças. Um passo em falso, e eu farei questão de levá-lo até Taemin. — Ditou, olhando para o ômega, que ligeiramente abriu um sorriso de lado, completamente sarcástico.