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14 | Uma Trégua Entre Nos

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#MeuCoringaFavorito

O coração desperta para uma sinfonia completamente nova, com notas de empolgação, nervosismo e uma pitada de magia. Cada encontro é uma aventura, onde as palavras adquirem um significado mais profundo, e os sorrisos se transformam em mensagens cifradas.

O simples toque das mãos desencadeia uma explosão de sentimentos, uma dança delicada entre a alegria pura e a ansiedade suave. É um mergulho no desconhecido, uma jornada emocional onde as borboletas no estômago são guias em um caminho repleto de descobertas e ternura.

Isso é chamado de primeiro amor.

E foi isso que o adolescente Jeon Jungkook sentiu ao presentear uma flor à ômega Haeun, sua única amiga na escola, mantida em segredo de seu pai. Há alguns meses, ele experimentava fortes sentimentos, que com o tempo soube definir com precisão.

Decidiu conquistá-la.

A caminho da escola, pediu delicadamente ao motorista para parar em uma loja de conveniência. Com as poucas moedas que havia juntado, comprou uma linda rosa, mesmo sendo privado de dinheiro pelos pais extremamente ricos, a menos que falasse diretamente com seu pai sobre o que desejava comprar.

Ao entrar novamente no carro e se dirigir à escola, avistou sua amiga acenando animada para ele. Foi em sua direção, escondendo a flor atrás das costas. Suas mãos suavam, e as cutículas de suor eram visíveis em sua testa.

- Jungkook, está tudo bem? - indagou Haeun .

- Si-sim, está tudo bem! - respondeu nervosamente.

- Tem certeza? - perguntou, tirando os fios de cabelo do rosto do alfa lúpus puro.

- Tenho. - disse, sabendo que não teria outra oportunidade como aquela. Jogou o medo de lado e, com rapidez, mostrou a rosa para a ômega, que se espantou inicialmente por ele quase ter enfiado na sua cara.

- Pra você. - Corou fortemente de vergonha.

- Isso é sério, Jk? - suspirou contente. Seu sorriso era enorme, o que fez com que Jeon a achasse ainda mais bela.

- Sim.

- Você é tão fofo. - Pegou a rosa da mão do outro e observou o estado em que Jungkook se encontrava. - Eu amei, e não precisa ficar envergonhado. - Aproximou-se de Jeon e deu-lhe um beijo casto na bochecha, deixando os dois extremamente vermelhos. - Obrigada, de verdade. - A ômega falou, olhando para o chão.

- Que bom que gostou. - Sorriu abertamente.

Do outro lado da cidade, afastando-se um pouco de toda a movimentação do centro, Jeon Jin-Hee ouvia atentamente o relato do motorista.

- Então quer dizer que ele comprou uma flor e entregou para Haeun!? - perguntou retoricamente, fumando seu costumeiro charuto. - Que patético, esse garoto não aprende nunca. - Disse soltando a fumaça pela boca, olhando fixamente para o quadro que custou milhões; a pintura era uma carnificina completamente perturbadora.