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17| Algo De Errado Não Está certo

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#MeuCoringaFavorito

— Não houve necessidade de fazer isso, Jeon!

— Sim, houve e é exatamente por isso que eu fiz. — refutou, fazendo a curva na rua movimentada.

— Isso é desumano. — disse, inconformado.

Jungkook riu sarcasticamente.

— Tudo que eu faço é desumano e, como príncipe da máfia, você deveria saber disso. Torturar dois bastardos que quebraram uma das regras mais importantes da máfia é o de menos.

— Eu sei, mas precisava colocá-los no centro da cidade como uma escultura a ser apreciada? Não houve necessidade. — repetiu novamente, bufando.

— Sim, houve, Park. Todos em Seul precisam lembrar o que acontece com quem ousa pisar em falso comigo. Se eu não fizesse isso, perderia o respeito deles. Então, eu volto a dizer, Jimin, isso foi necessário.

— Eu já quebrei muitas regras suas e você não me puniu por isso. Por quê? — indagou, encarando o moreno, que mordeu a mandíbula com força.

Porque você é diferente!

Pensou Jungkook. Ele jamais encostaria um dedo em Park Jimin, porque seu lobo, pelo que parecia, era completamente submisso ao ômega e sempre estava ali, tentando agradá-lo a todo custo. Jeon compartilhava da mesma sensação, mesmo que talvez ainda não estivesse preparado para isso, porque era assustador. Era assustador se sentir assim novamente. Da última vez, ele foi culpado pela morte da garota por quem se apaixonou.

E com a aparição de Jeon Jin-Hee em sua vida novamente, esse medo se tornava mais evidente. E era exatamente por isso que, se precisasse, ele afastaria Jimin, uma vez que não aguentaria carregar a culpa de tê-lo matado por seu egoísmo. Jimin era diferente, e tudo isso deixava Jungkook frustrado por não entender ou ter que lutar todos os dias entre o racional e o emocional.

— Porque você não faz parte da minha máfia, então consequentemente não há regras para você. — disse depois de um tempo, mas logo praguejou ao perceber que sua desculpa era muito sem nexo.

— Isso não faz sentido. Aqueles dois também não eram da máfia, e você os matou! - franziu a sobrancelha. — Na verdade, quem era a outra pessoa?

— Que se dane, Park. Eu os matei e pronto, não há por que tantos questionamentos sobre corpos que já não respiram mais.

— Você é um ogro arrogante, sabia? — suspirou. — Eu quero saber quem é a outra pessoa?

O alfa lúpus puro suspirou pesadamente, pedindo paciência a qualquer divindade.

— Outro inútil que cobiçou você em uma lanchonete quando fomos ao shopping. — passou a marcha com firmeza.

— Meu Deus, Jeon, você ficou louco? Não pode sair matando quem olhar para mim. Eu sou modelo, então você teria que matar muitas pessoas e... — parou de falar quando se deu conta de algo, então soltou uma risada, olhando divertido para o alfa. — Você não está com ciúmes, está?

— Óbvio que não. — sorriu de forma contida, olhando rapidamente para o platinado. — Só me aborrece a forma como eles não têm o mínimo de respeito ao ponto de chegarem a tocar em você, mesmo que a porra do meu cheiro esteja impregnado no seu corpo.