Capítulo 56 - Acolhimento

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POV HELENA:

- Eu sei Peixoto, eu também to com saudade da minha mamãe Lulu e do Léozinho cabeça de abacaxi. - Ela se senta na cama com as perninhas cruzadas respirando fundo conversando com o boneco.

- Olha...- Ela começa a contar até dez usando os dedinhos. - Dez é pouco, por isso eu tive uma ideia, a mamãe Valentina disse que eles moram pertinho, então o que você acha da gente ir rapidinho até a casa deles dar só um beijinho de boa noite? - Ela da um sorrisinho.

- Espera aqui Peixoto! - Helena sai da cama caminhando na pontinha do pé devagar até a porta do banheiro colocando o ouvido na mesma.

- A mamãe já ligou o chuveiro, podemos ir, mas Peixoto...- Ela pega o boneco. - Precisamos ir muito rápido ta bom? Não podemos demorar pra voltar. - Ela encara o brinquedo colocando o boneco no ouvido como se ele estivesse lhe respondendo.

- Vai ser uma boa ideia sim, confia em mim, a gente volta antes da mamãe sair do banho, ela nem vai sentir nossa falta, agora vamos logo!

Lelê corre até o seu quarto, ela coloca um casaco quentinho e seu crocs, depois ela pega uma bolsa pequena colocando o livro da raposa que o Léo tanto amava, e mais algumas coisas que ela achava importante.

- Acho que tá tudo aqui. - Ela suspira pegando o Peixoto e caminha até a porta do quarto.

- ESPERA! - Ela volta correndo indo até a gavetinha da sua penteadeira.

- Estava esquecendo o mais importante. - Helena diz segurando forte o colar de Cristal que a Luiza tinha dado pra ela. - Eu tô chegando mamãe! - Ela beija o colar.

A garotinha desce as escadas com pressa e caminha até a porta que estava trancada, ela respira fundo desapontada, até que vê o chaveiro.

Helena ficava na pontinha do pé e dando alguns pulinhos, mas era muito alto, então ela corre pegando um banquinho e sobe no mesmo alcançando a chave.

- Ufa. - Ela passa a mão na testa. - Agora, qual é a chave? - Ela encara todas as chaves na sua mão pensativa.

- Pensa Helena, pensa... - Ela fecha os olhinhos fortes como se estivesse tentando lembrar qual chave a Valentina usava todas as vezes que via a mãe abrindo a porta.

- É essa, eu tenho certeza! - Ela mostra pro Peixoto que estava no banquinho.

Helena consegue encaixar a chave na fechadura da porta girando e abrindo a mesma.

- BOA HELENONA! - Ela dizia comemorando e pega o Peixoto.

A garotinha sai de casa e apesar de estar com um pouco de medo por conta da noite escura, ela estava decidida a ir dar um beijo de boa noite na Luiza e entregar o livro pro Léo.

A casa da Valentina ficava distante da portaria, então Helena teve uma boa caminhada pelas ruas do condomínio, a cada barulho que escutava fazia ela correr assustada, ate que a mesma enxerga aquela claridade com as luzes fortes que vinham da portaria.

- Boa noite tio Cícero! - A baixinha diz sorridente pro segurança que sempre interagia com ela toda vez que a Valentina parava com o carro ali, esperando a cancela levantar pra poder sair com o carro.

- Boa noite baixinha. O que faz aqui uma hora dessa sozinha? - Ele questiona surpreso.

- É que eu e o meu amigo Peixoto vamos ir dar um beijinho de boa noite na mamãe Luiza e no Léo. - Explica. - Agora estamos com um pouco de pressa, tchauzinho tio Cícero. - Ela acena com a mãozinha e vai em direção a catraca.

SIMPLESMENTE ACONTECE - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora