SIMPLESMENTE ACONTECE - VALU

Capítulo 4 - Explicação

POV LUIZA:

Finalizo o que eu tinha pra fazer e pego o Léo pra almoçar, chamo Duda pra ir com a gente e desço pra ver se as meninas já estavam finalizando o primeiro round das fotos, assim poderíamos ir todas juntas, mas quando chego lá estava apenas a Sofia arrumando suas coisas.

- Ué, cadê a Valentina? - Digo me aproximando.

- Ela precisou sair...eu não sei o que houve.

- Como assim precisou sair? No meio do ensaio? - Arqueio uma das minhas sobrancelhas.

- Eu acho que aconteceu alguma coisa, ela saiu apressada e parecia preocupada tô tentando falar com ela.

- Ela deveria ter me avisado, e não simplesmente sair assim, aqui éuma empresa séria. - Respiro fundo. - Eu aceitei as condições da Valentina, mas se ela tá achando que vai ser absolutamente tudo do jeito dela, ela está enganada. - Me viro pegando meu celular e ligo pra ela, mas ela não atende.

Vou atrás da Duda, nesse momento eu estava espumando.

- Mas ela foi embora assim do nada? - Duda questiona.

- Aparentemente sim né Eduarda, se ela não está aqui. - Respondo direta.

- Calma, não precisa ser grossa.

- Desculpa Duda, eu tô irritada ela simplesmente saiu NO MEIO do ensaio. Eu gostei do empoderamento da Valentina, mas ela ta sendo bem abusadinha.

- Pode ter acontecido alguma coisa Luiza, sem estresse.

- A gente já tá com problemas demais nessa empresa Duda, é melhor já procurarmos outra pessoa pra fazer essas fotos.

- Vamos esperar pra ver o que aconteceu primeiro, Lu. Depois decidimos o que fazer, agora vamos que o Léo tá sentadinho lá na recepção esperando.

POV VALENTINA:

Pego meu carro e saio daquela empresa correndo, e eu juro que nunca dirigi tão rápido em toda minha vida, recebi uma ligação do colégio da Helena onde estavam levando ela para o hospital que os pais deixam anotado no cadastro das crianças no caso de emergência, sim EMERGÊNCIA, junto com uma autorização dos pais pra criança poder dar entrada no hospital. Ouvir o jeito que minha filha gritava ao fundo não parava de ecoar na minha cabeça, eu não entendi direito o que aconteceu, eu só sabia que precisava ir rápido e assim eu faço, chego no hospital na velocidade da luz.

- Cadê minha filha? - Pergunto perdida e desesperada na recepção, com a respiração pesada.

- Valentina! - Me viro assim que escuto alguém chamar meu nome.

- Paola, o que aconteceu? Cadê a Helena? - Digo caminhando em direção a professora dela.

- Valentina, a Helena estava bem brincando no parquinho, quando de repente começou a sentir uma dor muito forte, ela apontava pro umbigo, acredito que era na barriga, Helena gritava e chorava desesperada, ela até se agachou e começou a se encolher de tanta dor, não tínhamos o que fazer então eu mesma tomei a iniciativa de trazer ela pra cá, agora levaram ela pra fazer alguns exames.

Meu estômago embrulhava a cada frase que Paola dizia, só de imaginar a cena da Lelê encolhida no chão meu peito arde, ela me avisou que não estava bem, mas mesmo assim eu não dei a devida atenção, eu achei que era mais uma das suas desculpas de criança pra não ir pra escola.

Eu só consigo imaginar o quão assustada ela está, tudo isso aconteceu sem eu estar por perto, ela é tão pequenininha, meu Deus o que está acontecendo com a minha filha? Eu preciso que ela saiba que eu estou aqui, eu preciso que ela se sinta segura. Eu preciso ver, olhar pra ela. Assim que a professora para de falar eu atravesso a recepção sem se quer falar com a recepcionista.