Capítulo 71 - Pesadelo

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POV VALENTINA: 

Desço pra pegar a água da Luiza e desbloqueio meu celular pra ver a hora, afinal já tinhamos comprado o ingresso do cinema e estavamos um pouquinho atrasadas, mas eu já tinha perdido todo o clima pra ir, Luiza ficou esquisita tão do nada e isso me preocupa. 

Assim que olho a tela do aparelho, vejo que tinha algumas chamadas perdidas da minha mãe, pego a água e subo retornando a ligação, mas estava dando ocupado. Assim que entro no quarto, Luiza estava pálida, e seu desespero era visível e ali eu entendi que tinha acontecido alguma coisa com o Léo. 

Luiza desliga a ligação com a minha mãe e fica perdida, ela não falava nada, só chorava forte, um choro tão doído que me rasga o peito, eu só queria entender o que estava acontecendo, mas ela só repetia que queria o Léo. 

- LUIZA FALA COMIGO, O QUE TÁ ACONTECENDO? - Seguro ela firme fazendo a mesma parar e me olhar, e ali naquele olhar eu enxergo um medo jamais visto naqueles olhos, nem mesmo quando ela via o Otávio ficava assim. 

- Cariño, o Léo desapareceu! - Ela dizia fechando os olhos com força por conta do choro, e nesse momento tudo fica em cêmera lenta. Não consigo conter minhas lágrimas ao ver a Luiza tendo um choro tão dolorido, abraço ela tão forte que era capaz de eu quebrá-la. 

- Amor olha pra mim. - Levo minhas mãos que tremiam até seu rosto e engulo seco. - Calma, a gente vai achar ele, vai ficar tudo be... - Ela me interrompe. 

- NÃO, EU NÃO QUERO QUE VOCÊ ME ACALME E QUE DIGA QUE VAI FICAR TUDO BEM. - Ela tira minhas mãos do seu rosto. - AS PESSOAS DIZEM ISSO A MINHA VIDA INTEIRA E QUASE NUNCA É VERDADE, EU QUERO O MEU FILHO, EU SEI QUE FOI ELE VALENTINA, EU SINTO. ENTÃO AS COISAS SÓ FICARÃO BEM QUANDO EU TIVER O LÉO EM MEUS BRAÇOS, FORA ISSO NÃO ME ALIMENTE COM FALSAS ESPERANÇAS, NÃO DIZ QUE VAI FICAR TUDO BEM SENDO QUE NEM VOCÊ SABE  SE ISSO VAI ACONTECER! - Ela me olhava forte. - Eu preciso ir pra lá agora! - Luiza sai do quarto apressada e eu vou logo atrás. 

- Eu vou com você! - Meu choro era de pura angústia e desespero, angústia por vê-la assim, angústia de pensar que o nosso menininho está nas mãos daquele infeliz e angústia por não poder fazer nada. 

- Eu só quero nosso filho, cariño! - Diz enquanto procurava a chave do seu carro na bolsa, mas ela chorava e tremia tanto, que não estava sendo capaz de encontrá-la. - Achei

- Nada disso, deixa que eu dirijo! - Caminho até a minha bolsa, mas quando eu me dou conta a Luiza já estava dentro do carro dela, buzinando forte pra eu ir logo. Ela não mede esforços pra chegar ao parque, ela coloca o pé no acelerador e saímos da garagem cantando pneu. 

 POV LUIZA: 

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 POV LUIZA: 

Logo chegamos no parque e eu já desço do carro olhando para todos os lados na esperança de encontrar meu filho em algum momento, procuro pelo rostinho dele em todas as crianças, mas não acho e o desespero que já não tinha ido embora fica cada vez mais forte, é real mesmo...meu filho, meu garotinho de olhinhos de amêndoas tinha desaparecido, o que eu tanto temi aconteceu. Caminhamos indo em direção a Catarina que também estava desesperada, em volta tinha alguns policias. 

SIMPLESMENTE ACONTECE - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora