PRÓLOGO

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- Vira! Vira! Vira!

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- Vira! Vira! Vira!... - fui tomando o último copo de cerveja que estava na mesa, com meus amigos gritando.

- Aeeee!!!

- Boa Lena! - minha melhor amiga fala, caindo de bêbada.

- Agora só falta, você! - disse a mesma olhando para um garoto que estava conosco. Nem tinha reparado nele, que aparentemente era muito bonito e estiloso.

Rapidamente ele vira o copo também, sinto minha cabeça pesar e meu estômago revirar.

O pessoal continua gritando muito, e inventam de fazer uma brincadeira.

- Vamos lá! - Linda fala meio deslechada.- Verdade ou desafio, Lena??- ela pergunta para mim.

- DESAFIOO!! - Grito como uma louca.

E foi assim que a desgraça começou. E minha vida mudou completamente.

- Desafiamos você a ficar no quarto com aquele garoto alí. - ela apontou para o menino estiloso, que já estava de cabeça baixa na mesa.

Ele olhou pra nós e deu uma risada. - Vamos logo com isso! - disse, se levantando com dificuldade, pegando minha mão e indo em direção a um pequeno quarto.

Depois que entramos só lembro de acordar no outro dia, sozinha deitada na cama e nua.

Me levantei desesperada, com uma dor de cabeça de rachar o crânio. Vi roupas minhas jogadas no chão, e só por isso já imaginava o que havia acontecido na noite passada.

-Puta merda!

Me levanto com dificuldade, ainda cambaleando e vou pegar minhas roupas que estavam no chão.

Assim que saí do quarto, desci para a sala principal daquela boate e fui embora. Quando cheguei em casa, expliquei tudo a minha mãe e o que tinha acontecido. Ela me olhou preocupada e resolveu conversar comigo.

Algumas semanas depois desse ocorrido, começei a sentir tonturas, enjôos e só por isso, eu já desconfiava da merda que eu tinha feito. Resolvi fazer o teste e pra minha infelicidade, deu positivo.

Meu coração desparou na hora, sentir meu estômago revirar e minha cabeça rodar, eu estava em desespero. Sentir nojo de mim mesma por deixar acontecer algo que eu poderia ter evitado, mas, já era tarde demais.

Contei a meus pais, minha mãe conseguiu entender, sentir que ela ficou decepcionada, mas mesmo assim disse que iria me ajudar. Meu pai por outro lado, não aceitou de jeito nenhum. Com o tempo se separaram, chorei muito mas fui consolada por minha mãe.

Eu estava decidida de abortar o bebê, mas não tive coragem, afinal ele não tem culpa das minhas ações e do indivíduo que ficou comigo naquele dia.

Resolvi que a partir daquele momento eu iria, aceitar minha realidade e tentar ser mais responsável. Ajudarei minha mãe como eu puder e ela o mesmo fará. Cuidarei da criança que está por vim e lhe darei tudo que estiver ao meu alcance e acima de tudo muito amor e carinho.

- Irei cuidar de você e de mim, não se preocupe meu filho.-

Eʀᴀ ᴠᴏᴄᴇ̂. Sᴇᴍᴘʀᴇ ғᴏɪ ᴠᴏᴄᴇ̂Onde histórias criam vida. Descubra agora