°
ㅤ ៚🍒ˎˊ˗ 𝐒𝐀𝐅𝐈𝐑𝐀 é umɑ gɑrotɑ sem esperɑnçɑ, com somente um objetivo. Elɑ sɑbe o que quer, e o que precisɑ fɑzer pɑrɑ consegui-lo, entretɑnto, elɑ nα̃o o fɑrά ɑté que todos em suɑ vidɑ estejɑm mortos. Elɑ nα̃o se vê como umɑ pessoɑ, e s...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Como não tinha conseguido dormir e parar de pensar em tudo que Tate tinha dito, decidi ir até a ala norte da casa para treinar um pouco. Meu saco de luta estava pendurado no teto, um pouco desgastado dado que eu sempre descia para cá quando estava frustrada ou queria conter alguma emoção. Algo que poderia ser considerado todos os dias. Bati e chutei. Ataquei o saco como se ele fosse o meu pior inimigo, descontei toda insegurança que sentia nos socos, e enquanto lutava as palavras de Tate continuavam em minha mente, repassando a cena várias e várias vezes. "Não posso ficar com alguém que me manda embora sem nenhuma explicação." Fora isso que ele disse, e eu entendia, concordava com seu ponto de vista, mas seu mundo era colorido enquanto o meu era preto e branco. Assim que ele soubesse das coisas que eu tinha feito, se afastaria e nunca mais olharia na minha cara. Dei um soco errado e acabei sentindo uma forte dor no meu punho direito, a dor física era bem vinda, uma velha amiga que agora eu receberia de braços abertos. Continuei batendo e sentindo a dor, eu precisava dela. Ela era a única coisa que tinha me acompanhado todos esses anos e me dado algum alívio. Só quando eu estava me machucando, minha mente cessava. Caí no chão sentindo uma dor aguda enquanto respirava, eu estava cansada, sem forças e não conseguia mais bater em nada. Estava cansada de lutar e de tentar, eu queria desistir. Fiquei um tempo caída no chão apenas olhando para o teto, e quando minha respiração se normalizou e senti que minhas pernas não estavam tão pesadas quanto antes, me levantei e voltei arrastando os pés até o quarto. Tomei um banho frio e coloquei roupas confortáveis, quando voltei para o quarto, Mischa estava olhando para o meu celular que brilhava. Peguei o mesmo vendo que era uma mensagem de Rebekah. Estranho. "Preciso da sua ajuda, é urgente!" "O que aconteceu?" "Preciso de ajuda, Safira. Pode vir aqui em casa?" Xinguei baixinho pegando meu moletom, coloquei as botas pretas e saí do quarto. Vi se meu avô estava bem e comuniquei para minha mãe que iria sair, mas que meu celular estaria à disposição. Ao invés de pegar um ônibus como faria normalmente, chamei um táxi e lhe dei o endereço da mansão Thompson que achei na internet. Enquanto não chegamos, minha perna tremia, ansiosa e curiosa para saber o que estava acontecendo. Ela estava ferida? Porque pedir a minha ajuda? E mais importante, porque eu estava indo ajudar? Eu nunca negaria ajuda a alguém, mas enquanto não chegamos no local percebi que a minha relação com a Thompson estava passando dos limites de sermos apenas "colegas de classe". Sinceramente não sabia o que pensar nisso. Tate estava querendo sair da minha vida e Rebekah queria entrar. Nenhum dos dois estavam preparados para o que estavam prestes a encontrar. Chegamos aos portões altos e escuros da mansão, com um "T" de Thompson 's no centro. O portão se abriu deixando que o táxi entrasse, passamos por um longo caminho que mostraram o jardim, com arbustos podados em formas fofas que eles achavam criativas, como coração ou até mesmo uma pessoa. Eu só achava clichê. O motorista deixou escapar um uau assim que a mansão entrou no nosso campo de visão, não deixei a aparência do lugar me deslumbrar, apenas paguei o táxi e comecei a andar em direção a porta. Antes que eu pudesse bater, Rebekah abriu a porta dando um sorriso aliviado ao me ver. Olhei pra ela confusa sem saber o que fazer, e antes de me deixar falar a mesma pegou minha mão, passamos pela sala e subimos as escadas duplas, a loira me arrastou pelos corredores da casa até que chegamos ao seu quarto. — O que aconteceu? — perguntei enquanto olhava seu corpo em busca de algum ferimento. — Não sei que roupa usar. — ela disse indo em direção ao closet. — Tiffany Aniston está dando uma festa, eu achei a roupa perfeita pra você mas não consegui achar nenhuma que fique bem em mim. — ela fez biquinho enquanto olhava o armário. Olhei pra ela incrédula quase ficando com raiva por ter saído de casa depois de tudo que aconteceu com Tate, para vir até ela só por causa de roupas. Eu não era boa quando se tratava de dicas de moda, e sinceramente não me importava, preferia roupas que me deixassem confortáveis do que chamassem atenção dos outros. Soltei um suspiro e me sentei ao pé de sua cama, espiando um pouco de suas roupas no enorme closet. — Acho que ficaria legal com aquele ali. — apontei para um vestido na cor rose. — Vai combinar com o seu cabelo. Ela me deu um sorriso grato, retribuindo, ao menos eu estava conseguindo fazer uma pessoa feliz hoje. Ela entrou dentro do closet, algo que me fez pensar quanto espaço ela tinha ali e quantas roupas eram necessárias para preencher aquele lugar todo. Ela voltou com um vestido preto, meia calça trançada e saltos médios, uma jaqueta preta e um colar de pérolas, me entregou e eu peguei as coisas confusas do que realmente fazer com tudo aquilo.