Assim que a azulada entra no local sente uma brisa gélida bater contra seu corpo fazendo suas mãos tentarem aquecer seus braços quase que automaticamente.
Algo que não passou despercebido perante às orbes esmeraldinas que de imediato o francês colocou seu sobretudo na mestiça.
A peça era enorme para o pequeno corpo da esposa, mas ninguém se importava já que era notório o clima extremamente frio naquela época na França.
— Seu marido disse que você adora costurar. — a mais velha tenta "quebrar o gelo" enquanto abre uma porta marrom para o casal.
A porta dava para um cômodo grande, cheio de tecidos e objetos para costura.
— A nossa sala de costura quase nunca é usada já que a maioria das garotas e mulheres daqui possuem um tipo de preconceito em relação a costura. — fala desanimada.
O braço de Marinette estava fortemente enlaçado ao do marido, às vezes apertava mais para perto só para ter certeza que ele ainda estava com ela, era como se ela novamente tivesse nove aninhos tentando passar perto de um palhaço com mais de dois metros de altura e usando seu pai como "guarda" ao apertar mais e mais o braço do maior para ter certeza que estaria "salva".
— Talvez você pudesse mudar isso, senhora Agreste. — a diretora da clínica que havia dado seu nome a pouco tempo atrás ( Eleanor ) comenta de forma doce.
— Eu não costuro mais. — é firme em dizer aquilo.
O francês suspira um pouco chateado, desde o acontecido, ela havia parado de criar novos designes e costurar. A franco-chinesa iria doar todo seu material de costura se não fosse pela intervenção dele.
— Ah... — a supervisora a olha um pouco desconcertada abrindo um sorriso sem graça. — Todos nós precisamos de um tempinho às vezes das coisas que gostamos. — a forma que ela manuseava as palavras parecia ser sábia.
— O que acham de visitarmos nossa biblioteca? Ela é enorme quase do tamanho do nosso jardim. — ri divertida pelo jardim ser extremamente grande.
[...]
— E aqui, - abre a porta branca dando total passagem para os Agrestes entrarem. — é o seu quarto.
O lugar não era totalmente branco e sem graça como nos filmes, havia alguns quadros que ela reconhecera ser de sua casa, a decoração em si lembrava muito a sua casa.
Aquilo era uma técnica da clínica de fazer o paciente se sentir confortável num ambiente familiar.
— Ele é espaçoso, não acha, princesa? — chama a atenção da mulher que analisava cada canto do lugar.
A mais baixa murmura uma "confirmação" meio abafada.
— Aquela cama é bem grande. — sorri de lado aproveitando que a senhora Eleanor ainda estava no corredor. — Você vai poder pular o quanto quiser. — a provoca.
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Back to black [Adrinette]
FanfictionPessoas mudam, mas nem sempre são para melhor. Algumas ganham um brilho especial e outras perdem os seus e ganham uma luz nova ou até mesmo, a ausência dela. Acontecimentos e pessoas influenciam essas mudanças e isso ficava cada vez mais óbvio para...